Título da redação:

Bullying virtual

Tema de redação: Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.

Redação enviada em 31/08/2018

No limiar do século XXI, com o crescente avanço tecnológico e cientifico, torna-se cada vez mais fácil a comunicação e interação entre indivíduos. Entretanto, alguns problemas sociais, como é o caso do Bullying, estenderam-se até o ambiente virtual (recebendo a denominação de cyberbullying). Haja vista que, no Brasil, assim como a violência presencial, o bullying virtual causa inúmeras vítimas constantemente e gera consequências alarmantes. Mormente, ao avaliar a prática do cyberbullying, percebe-se que há uma ocorrência maior na fase em que as pessoas ainda estão formando sua personalidade e seu caráter. Dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), afirmam que a cada quatro crianças e adolescentes, de 9 a 17 anos, uma foi tratada de forma ofensiva no ambiente virtual. Muitas vezes, o agressor faz uso de perfis e e-mails falsos ou anônimos, dificultando a sua identificação e análogo a isso, expõe, humilha, hostiliza e intimida a vítima sem nenhum escrúpulo e moralidade. Dentre os diversos malefícios que sucedem essa prática, as vítimas desenvolvem sérias consequências como problemas de autoestima e na aprendizagem, dificuldades para confiar e se relacionar, tendo seu comportamento dentro e fora das escolas afetado, além, em casos mais extremos, podendo levá-las ao suicídio. Ademais, essa manifestação de ódio está se tornando a cada vez mais comum devido ao constante uso da internet. Crianças e jovens iniciam a vida virtual por meio de redes sociais, que muitas vezes apresentam idade mínima para o acesso, como é o caso do Facebook que determina necessário ser maior de 13 anos para se cadastrar no site, o que, na maioria dos casos, não é respeitado. Com base nisso, é imprescindível que os pais se atenham a quais sites seus filhos acessam e qual a faixa etária indicada para utilização, como também observar se há mudança no comportamento dos mesmos, a fim de identificar possíveis casos de bullying virtual ou evitar que caiam em armadilhas e golpe do ciberespaço. Em virtude dos fatos supraditos, faz-se indispensável a adoção de medidas que assegurem a segurança desses tenros usuários. Infere-se, portanto, que o cyberbullying é um mal para a sociedade brasileira. Posto isso, cabe as redes sociais se tornarem mais rígidas quanto ao cadastramento de novos usuários, exigindo CPF e em caso de não oberem a idade mínima para utilização, garantir uma cópia do acesso aos pais ou responsáveis. Ainda, parafraseando o pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos e profissionais da área de segurança da informação virtual, que discutam os malefícios e o combate ao cyberbullying e demonstrem o quão grave é essa situação. Sendo assim, poder-se-á diminuir gradativamente este mal da realidade brasileira.