Título da redação:

Bullying: responsabilidade da escola?

Tema de redação: Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.

Redação enviada em 22/09/2015

O ser humano se difere dos demais animais justamente por sua capacidade de se organizar em sociedade. A organização em sociedade implica conviver com as diferenças e principalmente respeitar o outro. Porém, apesar do ser humano ser dotado dessa faculdade mental, ainda se vê cometendo atos como o de "bullying" onde o outro indivíduo acaba tendo seus direitos, no mínimo, desrespeitados. Essa prática, não está escolhendo ambiente para se difundir. Porém é possível verificar que tem aumentado muito no âmbito escolar, onde os estudantes além de participarem e/ou incentivarem estão tendo a ousadia de filmar e depois exporem num veículo de maior circulação, que é a internet. Ou seja, seus atos, apesar de vergonhosos, estão sendo expostos a milhares de jovens, servindo como meio para mais incitações às violências e o que deveria ser tido como vexatório passa a ser considerado "normal" e principal motivo de seus "prazeres" juvenis. E nesse contexto de discórdia agrupa se mais uma: de quem é a responsabilidade pela educação do jovem? A família delega a escola que por sua vez procura se eximir creditando toda a educação à família e declarando que à escola compete apenas a "formação", como se educação não fizesse parte da formação. Cria se então um vazio no que tange a responsabilidade cabal pelo que vem ocorrendo. E finalmente, quando já não há mais o que ser feito, tanto a família quanto a escola delegam suas funções de educar ao poder considerado "maior", que é a polícia que acaba ficando incumbida de "educar" o indivíduo para viver em sociedade. Algo que já deveria ter sido realizado no decorrer da infância e juventude e que devido as mais diversas falhas acaba se utilizando desse "meio" como um fim. A responsabilidade de educar a criança e o jovem para que não desrespeitem o outro cabe sim tanto à família, quanto à escola e também a sociedade. Pois, os jovens nada mais são do que o produto final de tudo o que estão colhendo à sua volta e no meio em que vivem. E quando a família deixa de executar o seu papel, a escola tenta se esquivar e a sociedade se omite: os jovens procuram os seus próprios caminhos, e muitas vezes, de maneira errada tentam estabelecer os seus grupos através da força e da violência, humilhando e excluindo o indivíduo que é considerado "indesejável" no meio em que vive. No momento em que família, escola e sociedade se conscientizarem de seus papéis, com certeza unirão forças para um mundo melhor e mais humano.