O cyberbullying é uma extensão do bullying que já é pauta de discussões dentro da sociedade contemporânea. Este consiste na propagação da violência psicológica e difamações por meio de tecnologias de informação e comunicação. Dessa forma, ao mesmo tempo que isso pode potencializar os danos causados por essa violência, também possibilita combater tal atitude. O documentário “Bullying”, lançado em 2011, relata a vida de vários jovens que sofreram esse tipo de violência dentro da escola. Em alguns casos, tal sofrimento levou as vítimas a cometerem suicídio. Isso demonstra os efeitos que o bullying pode causar mesmo quando os “espectadores” da humilhação estão limitados a um espaço físico. Com o advento da internet, porém, as difamações podem ser divulgadas amplamente, causando danos imensuráveis. Por outro lado, o grande contingente de pessoas que passam a ter acesso às humilhações de outrem tornam-se capacitadas a se posicionarem contra o bullying. Nos Estados Unidos, por exemplo, um vídeo postado em redes sociais que ridicularizava um rapaz obeso que dançava sozinho em uma boate fez com que um grupo de mulheres se mobilizassem. Assim, elas buscaram e encontraram a vítima do vídeo e realizaram para o jovem uma festa onde poderia divertir-se sem ser alvo de preconceitos. Esse acontecimento mostra a possibilidade de utilizar dos meios tecnológicos para combater a violência virtual. Portanto, ONGs em prol da não-violência devem criar redes virtuais de apoio às vítimas do cyberbullying, de modo que elas tenham contato com pessoas que as vejam como seres humanos dignos de respeito e que condenem visões contrárias. Dessa forma, serão os que praticam a violência em questão que se sentirão inferiorizados, e as vítimas não se deixaram levar pelas ideias de pessoas preconceituosas a ponto de se suicidarem.