Título da redação:

Agressão virtual, estrago real

Tema de redação: Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.

Redação enviada em 20/07/2015

A partir da Guerra Fria, o mundo passou por um processo denominado globalização, onde pessoas de praticamente todo o mundo estão interligadas por meio da internet. Sendo assim, os indivíduos têm acesso a diferentes culturas, povos, etnias e ideologias, o que contribui para um melhor conhecimento do planeta em que se vive. Entretanto, apesar dos benefícios, a globalização trouxe um dos maiores problemas da atualidade: o cyberbullying, que é uma agressão virtual por meio de palavra chulas e de baixo calão, diminuindo a vítima. Medo. Rejeição. Depressão. São esses os principais sentimentos que afligem quem é alcançado pelo bullying virtual. Essas emoções vêm a partir de agressões que inferiorizam a vítima devido a uma determinada característica que não é aceita por um grupo de pessoas, como a obesidade, uso de óculos, etnias, culturas e ideologias, a fim de angariar popularidade no meio digital como uma pessoa que “fala o que pensa”. Ainda que alguns pratiquem o cyberbullying "descaradamente", muitos agressores preferem usar do anonimato para efetuar tal crueldade, e é aí que essa ferramenta tecnológica se torna vilã. Por causa desse esconderijo usado pelos atacantes, muitas vítimas se sentem intimidadas muito além da tela do computador ou celular, atingindo todos os âmbitos sociais. O indivíduo que sofre o bullying virtual pode vir a ser um adulto inseguro, tímido e com baixa autoestima, afetando-o no mercado de trabalho e família. De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o número de jovens que se suicidaram depois de terem informações pessoais e vídeos íntimos postados na rede, aumentou drasticamente desde 2012. Esses dados devem atentar a sociedade e o governo para o mal causado por esse tipo de agressão, pois o meio em que é praticado –internet- é propício, já que o anonimato dificulta a identificação do agressor e políticas públicas não são eficazes contra os mesmos, e ainda, a velocidade com que esses fatos são divulgados os torna incontroláveis e alcançam toda a comunidade. Portanto, é imprescindível que o governo desenvolva tecnologias avançadas com o objetivo de identificar tais agressores e que leis sejam feitas a fim de penalizar os mesmos. É necessário que haja uma central eficaz de denúncias, onde a vítima obtenha respaldo, além de sessões psicológicas para a reconstrução da integridade moral disponibilizadas pelo Estado. Além disso, é necessário um apoio da comunidade e Organizações Não Governamentais (ONGs) para uma conscientização de jovens e adolescentes dos prejuízos causados à vítima e da covardia do atacante, a fim de minimizar os números da pesquisa e os estragos reais.