No começo de julho, a jornalista Maria Júlia Coutinho foi vítima de piadas racista em uma rede social. Esse não é um caso isolado pois constantemente as redes sociais tem sido utilizadas para propagarem a discriminação. Essa prática, denominada cyberbullying só foi possível com o avanço das tecnologias de informação e revelam a face cruel da natureza humana. O cyberbullying deriva de bullying, termo recente para designar a antiga prática de intimidar o outro por suas diferenças. Inicialmente o termo surgiu para designar essas atitudes na escola, mas elas também ocorrem em outros lugares como o trabalho. Nas escolas procura-se trabalhar o assunto pela educação e nas empresas o bullying é chamado de assedio moral e punido por leis. Porém, nas redes sociais não há uma coibição específica, Nas redes, os alvos de preconceito continuam sendo os mesmos, porém na internet a intolerância se propaga para além do grupo escolar ou do trabalho. Os risos e os deboches foram substituídos pelas curtidas e compartilhamentos de fotos e vídeos, também há a reinvenção de antigas discriminações como tweets xenofóbicos, fotos com mensagens homofóbicas e vazamento de foto nuas de mulheres como o que ocorreu com Scarlett Johansson e Carolina Dieckmann. Portanto, a internet tem servido para propagar antigos preconceitos e sem um combate, como o que ocorre com o bullying nas escolas e o assedio moral no trabalho. Por isso, é necessária a criação de leis contra o cyberbullying pelo estado e o combate ao preconceito pela educação nas escolas e para a população em geral com campanhas publicitárias na mídia.