Abandonadas, descartadas, rejeitadas e jogadas fora, é assim que mais de 20 mil pequenos brasileiros se sentem. Invisíveis para os olhos da sociedade essas crianças sofrem com diversas privasões, perdendo o seu maior direito, o de ser criança. O Estatuto da Criança e do adolescente garante moradia, alimentação, educação, saúde e acesso a cultura. Porém, esses direitos se tornam privilégio para jovens de um nível social mais alto, deixando de lado os que mais precisam. Assim, abandonadas e sem qualquer auxílio governamental esse grupo de crianças permanece nas ruas, o que poderia facilmente ser evitado caso houvesse a priorização do acolhimento delas. Com perfis geralmente muito parecidos esses meninos e meninas vivem na extrema pobreza, longe de seus pais e de suas casas. Os principais motivos que levam essas crianças a abandonarem seus lares são, principalmente, os desentendimentos famliares, contudo, o envolvimento com drogas e a violência doméstica também são problemas coriqueiros. Nessa perspectiva, vê-se que a situação crítica em que vivem essas crianças é um problema de todos. Para resolvê-lo o Estado tem a responsabilidade de fornecer apoio psicológico e afetivo, acolhendo-as em instituições de amparo que ofereça atividades de reintegração social. Além disso, a sociedade como um todo deve respeitá-las e tratá-las de forma igualitária, para que assim, no futuro possam viver uma vida mais digna e longe das ruas.