Conforme está prescrito no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), "Toda criança tem direto à educação, à saúde, à alimentação adequada e à segurança". Contudo, é notável que esses direitos presentes na Declaração dos Direitos Humanos, não são respeitados. Visto que, muitas crianças não possuem acesso à nenhum desses direitos, enfrentando duramente a vida nas ruas, sendo vítimas de diversos tipos de abusos e explorações. Por muitas vezes as crianças não conseguem superar os traumas decorridos de uma infância conturbada, podendo gerar consequências para o indivíduo e para sociedade. O Brasil é um dos países com maiores índices de desigualdade social e alta concentração de renda. De forma que os níveis de extrema pobreza sejam cada vez mais altos. Segundo o sociólogo alemão Karl Marx "A história da sociedade, é a história da luta de classes". Por conseguinte, a inexistência de políticas públicas eficazes é um dos fatores que contribuem para a intensificação do processo de marginalização juvenil, ocasionando o aumento dos índices de violência e criminalidade entre jovens e crianças. É essencial refletir sobre as consequências geradas para essas crianças, que sofrem diariamente com a exploração infantil, através de trabalhos compulsórios, prostituição, participação na criminalidade, sendo o mundo do crime, uma "saída" para jovens carentes, sem base educacional e familiar. De maneira que as drogas se apresentam como uma forma de "fuga da realidade" para essa parcela invisíveis perante a sociedade. Torna-se evidente, portanto, que não são exercidos de fato os direitos constitucionais assegurados para as crianças e jovens. Logo, faz-se necessário que o governo invista em programas de auxílio com políticas de inclusão e ressocialização dessa parcela da sociedade. Criando programas de assistência não só orçamentária, mas também psicológica, com apoio de pedagogos e psicólogos, a fim de que essas crianças e jovens com tratamento adequado possam melhorar suas vidas e se ressocializarem novamente. Ademais, é de grande importância o papel das ONG'S, realizando mutirões com ajuda da comunidade, oferecendo apoio às famílias de rua com vestimentas, alimentos e abrigo. De modo que, tendo outras alternativas, esses jovens saiam das ruas e possam viver adequadamente, exercendo seus direitos, assim como garante o Estatuto da Criança e do Adolescente.