O seriado televisivo “Chaves”, apesar de seu viés humorístico, traz uma crítica sútil a situação de abandono que milhares de jovens sofrem em todo mundo. Sendo que, a maioria destes, no entanto não encontram uma vila de pessoas boas que auxiliam no sustento e desenvolvimento. Em grande parte dos casos, estes se veem diante de um cenário de violência, maus tratos, abusos sexuais e uso de drogas. O que fazer para mudar este isto? Segundo dados das Nações Unidas, cerca de 150 milhões de crianças sofrem com a situação de abandono no mundo. Diferente do que se está acostumado a pensar as drogas não são a principal causa, figurando muito mais como uma consequência. Em primeiro lugar, encontra-se a violência doméstica e desentendimentos familiares. No Brasil, esta realidade não é diferente segundo dados do próprio Governo Federal. Ademais, a violência contra series tão indefesos, trata-se de uma grave ofensa contra a dignidade humana e uma violação gravíssima ao estatuto da criança e do adolescente. A criança em situação de abandono está sujeita a diversas ameaças. O Estado, como entidade que deveria garantir seus direitos fundamentais, não age da forma que necessitaria, deixando a mercê da própria sorte este indefeso. Consequentemente, deverá crescer com repulsa social, tendendo a balançar para a vida de crime e de drogas. Este ciclo vicioso precisa ser travado. A mudança de estamento se faz primordial para que se tenha um país justo e igualitário, pois como bem disse o sociólogo Gilberto Freire, “o ornamento da vida está em como um país trata suas crianças”. Logo, o Governo deve estabelecer um programa voltado para a inserção e desenvolvimento deste menor abandonado. Através da criação centros de apoio, como orfanatos, escolas e centros profissionalizantes. Ainda neste programa deve incentivar a adoção destas crianças, com o devido acompanhamento, através de campanhas publicitárias e dinamização deste processo, que muitas vezes é moroso. Além disso, atacar a principal causa de mal, através de uma forte fiscalização e punição no expresso rigor da lei para aqueles que a infringem. Buscar ainda a conscientização nas escolas e meios televisivos das consequências que podem gerar a família e a sociedade.