Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Crianças em situação de rua e soluções para o problema

Redação enviada em 11/02/2018

Semelhante ao contexto pré-revolucionário francês de desigualdade social, observada no contraste entre a miséria da população e a luxúria da nobreza, o Brasil vivencia terrível descaso com a realidade da mendicância infantil. Vítimas do abandono e de crises familiares, esses menores veem nas ruas a sua única alternativa de sobrevivência, sendo privados de educação, saúde, segurança e do amor fraternal, como é retratado por Jorge Amado na obra "Capitães da Areia", necessitando de medidas urgentes que mitifiquem o problema. A Idade Média, berço do capitalismo, teve na França a verdadeira representação da estratificação social. Enquanto o rei administrava sua riqueza dando bailes e privilégios para a nobreza no exuberante Palácio de Versalhes, a população enfrentava a fome e o quase nulo saneamento básico na capital parisiense. Não obstante a época, os governantes junto aos cidadãos brasileiros parecem estar completamente alienados às milhares de crianças de rua, que sofrem com os mesmos problemas da população mencionada do século XVIII. Ciente de tal desprezo, Jorge amado, importante escritor baiano, relatou em seu livro "Capitães da Areia" o cotidiano dos referidos jovens que, sem muitas opções, encontram-se tentados a praticar furtos e peripécias, passando a ser odiados pelos moradores. Eles, rejeitados pelos pais ou fugitivos de lares tortuosos, desejam, entretanto, afeto, uma mesa farta de comida ou, ainda, a oportunidade de estudar, sendo a realidade inevitável de muitas crianças de rua, vítimas, também, de uma saúde debilitada, em consequência da exposição à imundície. Destarte, por representar uma vida de perigos físicos, mentais e intelectuais, e ao contrário da atual falta de importância dada pelos brasileiros, a situação dos jovens de rua deve ser modificada. Para tanto, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e o Ministério da Saúde devem fazer planejamentos para retirá-las das calçadas e prevenir a sua entrada nelas. O primeiro deve acontecer por meio do envio de grupos às cidades para posterior encaminhamento aos orfanatos, garantindo tratamento psicológico constante, de modo a zelar de sua saúde e diminuir sua presença nas avenidas; e o segundo, por intermédio de campanhas televisivas e cartazes com enfoque na necessidade da unidade familiar e da vigilância com os filhos, a fim de combater as crises familiares que tanto influenciam na fuga dos infanto-juvenis.