Para Gilberto Freyre - sociólogo, o ornamento da vida está na forma como o país trata suas crianças. Nesse contexto, é de suma importância analisar os menores que vivem nas ruas. Isso porque, nesses locais, eles estão vulneráveis às situações de riscos. Além disso, esse cenário é resultante da falta de políticas públicas. Em primeiro lugar, tal problemática deixa nítido o tratamento de indiferença dos órgãos governamentais. Haja vista os perigos que esses jovens estão expostos nas ruas, como por exemplo, as drogas, os homicídios, a fome, a exploração sexual e o trabalho forçado. Prova disso, é o pensamento de Émile Durkheim, pois segundo esse sociólogo, os fatos são fatores coercitivos para a formação plena de um indivíduo. Logo, os menores convivendo diariamente com tamanhas atribulações, sem dúvida, serão facilmente vítimas desses fatos negativos. Em segundo lugar, essa problemática é fruto da ausência de políticas públicas. Uma vez que tais políticas são conjuntos de ações e planos voltados para um segmento social excluídos dos seus direitos básicos. Ademais, sem esses projetos as entidades que atendem esses pequenos não recebem orçamento para se manterem funcionando. Com isso, à medida que o problema cresce, menos jovens serão atendidos pelas entidades. Portanto, medidas são necessárias para combater tal impasse. Para tanto, assim como tem para exploração sexual e trabalho infantil, o Ministério dos Direitos Humanos deve elaborar políticas públicas voltadas para as crianças de ruas. Outrossim, uma plataforma digital pode ser criada com o fito de receber denúncias de menores que vivem dessa forma. E por fim, a imprensa deve divulgar campanhas, seja em televisores, seja nas redes sociais, a fim de conscientizar a população a ajudar, denunciando e dando-lhes itens indispensáveis, como comidas e roupas. Apenas dessa forma, o ornamento da vida será preservado.