No livro “Capitães de Areia” de Jorge Amado, meninos de rua abandonados ainda muito pequenos para sobreviver ás dificuldades de sobrevivência, enfrentando a fome, à insegurança, a violência e o descaso da sociedade. Sobre essa ótica, no Brasil isso é uma realidade, crianças de rua em condições precárias são privadas de direitos que deveriam ser garantidos. Mormente, em consonância ao Estatuto da Criança e do Adolescente, é o dever do Estado e da sociedade, garantir os direitos, a saúde, a educação, a segurança e a dignidade. Todavia, assim como no livro de Jorge Amado, os meninos de rua são forçados a roubar para comer, não tem acesso a escolas, em muitos casos sofrem violência sexual, cerca de um em cada cinco crianças de rua já sofreram abusos sexuais, segundo dados da Gazeta. Ademais, a exposição da violência cotidianamente é visto pelas crianças como algo normal, segundo Immanuel Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”, logo, a violência sofrida pelos jovens são tomadas como atitudes que dever ser praticadas, quando adultos passam a repetir os mesmos atos sofridos fomentando, dessa maneira, a criminalidade na sociedade. Fica evidente, portanto, a necessidade de resolver esse impasse. A União deve repassar fundos para os centros comunitários infantil, conhecido como o Lar das Crianças, fornecendo assim melhor estrutura para abrigar todas as crianças que estejam em situação de risco a sua integridade, toda criança de rua deve ser abrigadas nos centros para que o Conselho Tutelar possa orientar o melhor caminho para o futuro de cada criança. Outrossim, vale ressaltar a necessidade de reduzir a burocracia de adoção para crianças de rua, facilitando dessa maneira as possibilidades de se encontrar uma família acolhedora o mais rápido possível. Somente dessa forma os princípios de dignidade ás crianças serão verdadeiramente respeitados.