Funcionando como a primeira lei de Newton, a lei da inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando-o de percurso, as crianças moradoras de rua é um problema que persiste em todo o território nacional há algum tempo. Com isso, ao invés de funcionar como força suficiente capaz de mudar o percurso desse problema, da permanência para a extinção, a combinação de fatores que envolvem a falta de estrutura familiar e governamental acabam por contribuir com a situação atual. Crianças essas que, em muitos dos casos são descartadas, acabam tomando as ruas por não haver outro lugar para onde ir. Uma vez nas ruas, na maioria dos casos, entram em contato com o mundo do crime e/ou o mundo das drogas, são influenciadas a cometer de pequenos à grandes delitos para manter seus próprios vícios recém adquiridos ou induzidos a trabalharem para o próprio tráfico de drogas, assim, a má estrutura familiar contribui indiretamente para as taxas de criminalidade do País. Ademais, é nítido que as políticas públicas são pouco eficazes, visto que não priorizam a criança e o adolescente. Segundo pesquisas, os principais motivos da ida às ruas são: situação de extrema pobreza, problemas familiares e envolvimento com tráfico ou drogas. Motivos esses que poderiam ser facilmente evitados e/ou extremamente minimizados, porém não são. Desse modo, tornando-se realmente inviável a mudança de percurso das crianças em situação de rua, da permanência para a extinção. Portanto, fica evidente a necessidade de uma tomada de medidas que realizem a mudança desse percurso. Entre elas, a criação de abrigos especializados neste tipo de situação por parte do governo, também projetos sociais para que caso ocorra alguma situação citada à cima possa haver um afastamento ou reabilitação dessas crianças e jovens. Só assim as políticas públicas funcionarão como a força descrita por Newton e mudarão o percurso da questão das crianças em situação de rua.