“Crianças que, naturalmente devido ao desprezo dado à educação por pais poucos servidos de sentimentos cristãos, se entregaram ao vedor dos anos a uma vida criminosa, são os chamados capitães da areia”. Esse trecho da obra “Capitães da areia” de Jorge Amado, retrata a realidade de um grupo de crianças socialmente desamparadas pelo governo e por suas famílias, que acabam indo para o mundo da marginalidade, por conta da falta de um “lar” acolhedor e de uma educação. Segundos dados da ONU (Organização das Nações Unidas), existem mais de 150 milhões de crianças de rua no mundo, vivendo de forma precária sem poder usufruir dos seus direitos presentes do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a maioria dos jovens que vivem nessa situação são do sexo masculino com idade de 12 a 15 anos, que na sua maior parte moravam com famílias desestruturadas, sofriam com violência doméstica e viviam em extrema pobreza. Ademais, por não terem certas oportunidades com um “lar” acolhedor e uma educação de qualidade, acabam cometendo crimes e se envolvendo com drogas, o que torna suas vidas ainda mais difíceis. Nessa perspectiva, encaixa-se as palavras de Immanuel Kant “ o homem é aquilo que a educação faz dele”. Assim, pode – se dizer que a realidade das crianças que vivem em situação de rua é dolorosa. Infere-se que a falta de amparo das famílias e do governo contribuem, portanto, ao grande número de crianças vivendo nas ruas. Para descontruir esse panorama é imperativo que o Mistério da educação em parceria com ONGs (Organizações Não Governamentais), criem casas de apoio para as crianças de rua, distribuindo benefícios sociais, através de campanhas de doações, com finalidade de livra essas crianças das mazelas do mundo, concomitantemente, o Governo Federal deve organizar uma abordagem de prevenção aos maus tratos em diversos setores da sociedade, inclusive na família, evitando assim casos de violências contra essas crianças, dessa forma pode-se evitar o surgimento de novos “capitães da areia”.