Atualmente, cerca de 150 milhões de crianças no mundo vivem nas ruas. Aliás, essa é a realidade no Brasil, visto que há 21 mil menores nessa situação. Sabe-se que as causas para que isso ocorra são as mais variadas, como por exemplo a violência doméstica, conflito familiares e a pobreza. Logo, é de suma importância procurar por soluções eficazes para que o problema cesse. Antes de mais nada, deve-se ter como base o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Esta lei afirma que é dever do Estado, da família e da comunidade assegurar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos a esses menores. Assim sendo, a melhor maneira de não se ter mais crianças nas ruas é envolver as três esferas citadas nessa responsabilidade. A priori, todos têm, segundo os direitos sociais elencados no artigo 6º da Constituição Federal, direito a moradia. Portanto, é obrigação do Estado criar planos para oferecer aos mais carentes um lar digno. Essa ação traria diversos benefícios às crianças, pois, além de terem uma casa confortável para morar e estudar, diminuiriam as doenças causadas por insalubridade, dando a elas o direito à saúde. Em segundo lugar, a família deve estar disposta a receber ajuda de terceiros a fim de resolver conflitos internos. Nos casos em que a criança fugiu de casa, é interessante que o Estado, por meio de assistentes sociais, se aproxime e entenda os motivos da fuga. Desse modo, é possível avaliar métodos que auxiliarão aquele lar, como terapias familiares, cursos e palestras sobre convívio familiar e apoio psicossocial para usuários de drogas e alcoólatras. Tudo isso com o objetivo de que a criança cresça com sua família da forma mais harmoniosa possível. Por fim, a comunidade também deve se envolver com a questão. Um dos modos é doar tanto recursos materiais quanto tempo e disposição a ONG's e instituições confiáveis que possuem projetos nessa área. Ademais, devem ser realizadas mais campanhas educativas mostrando a triste realidade das crianças de rua, para que a população se conscientize de que é sim uma de suas responsabilidades. Como foi visto, é necessário que todas as três pessoas citadas no ECA trabalhem em conjunto e com o mesmo objetivo: dar às crianças uma vida com dignidade e fazer com que elas desfrutem de seus direitos.