Sabe-se que o número de idosos cresce vertiginosamente, em alguns anos o Brasil se tornará um país de maioria idosa. Isso é acarretado pela baixa taxa de natalidade e os avanços medicinais das últimas décadas. Um novo desenho de sociedade surge e com ele, desafios que recaem sobre o Estado. A taxa de natalidade das mulheres brasileiras tem caído nas últimas décadas. Um dos motivos é a inserção da mulher no mercado de trabalho. Em 1960, por exemplo, o número de filhos por mulher era de 6,21, em 2015, esse número ficou em 1,78, segundo o Banco Mundial. Por conseguinte, o outro lado da pirâmide não para de crescer. A medicina moderna trouxe sobrevida a população. Logo, uma população que vive mais gera mais gastos ao Estado. O envelhecimento da população é comum em países desenvolvidos. Isso se deve ao acesso abrangente a meios de prevenção e cuidados médicos especializados. Esse fenômeno mundial chegou ao Brasil. E com ele, obstáculos a serem ultrapassados. Dado que a maioria dos idosos vivem com o dinheiro de suas aposentadorias, e quando o número de dependentes aumenta e o de contribuintes não, existe um desequilíbrio que pode prejudicar toda a estrutura social de um país. Portanto, são necessárias discussões, que incluam a população, sobre o que poderia ser feito para amenizar os problemas causados à previdência social, principal órgão afetado pelo envelhecimento da população. Casos de aposentadorias acima do teto precisam ser contidos. E também as aposentadorias especiais, com valores exorbitantes, como as dos militares, magistrados e políticos, serem revistas.