É crescente, no Brasil, a quantidade de idosos entre a população, sendo que, em 2015, atingiu o maior número, com cerca de 28 milhões de pessoas com mais de 60 anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Dessa forma, é evidente que o país sofre uma transição demográfica com grande alteração em sua composição populacional, fator resultante em consequências sociais e mudanças na política brasileira. Em 2003, foi criado, no Congresso Nacional, o Estatuto do Idoso, documento que regula os direitos assegurados às pessoas com 60 anos ou mais, como, por exemplo, a gratuidade nos transportes públicos. Sendo assim, percebe-se a importância dos idosos na sociedade, de forma que o Governo instituiu medidas a fim de garantir seu bem estar. Ademais, o recente aumento populacional trouxe, em relação ao atendimento dos idosos, algumas problemáticas. Nos hospitais brasileiros, faltam equipamentos especializados em doenças recorrentes à população mais velha, já nos estacionamentos, não há o cumprimento da reserva de vagas exclusivas. Além disso, a própria comunidade desrespeita socialmente o idoso diariamente em pequenas ações, como o não cedimento de assentos nos ônibus. Desse modo, é notório que as consequências vividas pelos idosos são de responsabilidade não apenas governamental, mas também social, sendo que a população não os respeita de maneira devida. Outrossim, se o crescimento continuar em ascensão, o país poderá sofrer com diversos imbróglios, como a crise no sistema previdenciário, a qual não haverá fundo monetário suficiente para sustentar a aposentadoria de toda a população idosa, prevista pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 30%, em 2050, da população total. Assim, não apenas os idosos sofrerão, como também os jovens e adultos que sustentarão a previdência brasileira. Portanto, o Governo Brasileiro deve fiscalizar a regulação existente em relação aos idosos, por meio de “blitz” nos estabelecimentos públicos e privados, a fim de garantir efetivamente seus direitos. Além disso, é preciso também rever o sistema previdenciário, de forma a assegurar futuramente a aposentadoria de toda a população. Por fim, a comunidade deve se conscientizar quanto às necessidades da terceira idade, tratando-os educadamente e concedendo suas garantias, pois apenas dessa maneira a convivência social será harmoniosa.