O aumento da expectativa de vida com o avanço da medicina e da valorização de políticas públicas, para cidadãos com mais de sessenta anos, favoreceu a pirâmide populacional brasileira, predominantemente idosa nos próximos anos. Entretanto, a oferta de cuidados à terceira idade ainda é precária e o Brasil torna-se mais incapacitado quando comparado com a população economicamente ativa de outros países. Nesse contexto, os programas de atenção à saúde oferecida pelo Estado não são suficientes para a demanda, além de haverem casos de diagnósticos não concluídos. Os serviços prestados pelo SUS e pela FIOCRUZ alavancaram mudanças neste setor. No entanto, no atual contexto socioeconômico, a precariedade de recursos e sua abrangência insuficiente assolam as camadas menos favorecidas. Não obstante, a consequência da predominância populacional majoritária, diminui, consideravelmente, a mão de obra ativa no país, a PEA. Assim, a economia torna-se estagnada e ao mesmo tempo, não cumpre seu papel social, visto que o INSS, em junho de 2016 atrasou o pagamento para milhares de aposentados. Vale ressaltar que, segundo as estimativas do IBGE, a população idosa vai triplicar nos próximos 50 anos por virtude da taxa de fecundidade diminuída, agravando o largo topo da pirâmide etário brasileira. Ademais, já foi observado que grande parcela da população de melhor idade é pensionista, enquanto um pequeno contingente é miserável. A desigualdade é presente mesmo com a qualidade de vida aprimorada. Torna-se necessário, a adequação ao novo cenário populacional na demanda de recursos para as áreas educativas e médico-sociais a fim de fazer valer às necessidades da parcela jovem. Portanto, é imprescindível as ações do Ministério da Saúde e da Previdência Social para preparar- se para o crescimento deste grupo etário, com o intuito de amenizar a realidade precária daqueles que conseguem viver até idades mais avançadas. Só assim, terá valido os esforços para prolongar a vida humana.