O aumento da terceira idade brasileira é inevitável e poderá mudar drasticamente os rumos econômicos e sociais nacionais. Diante de tal reformulação na pirâmide etária, é essencial que o país tome medidas preventivas para que não ocorram desestruturações nos sistemas previdenciário e de saúde. O envelhecimento da população brasileira terá forte impacto econômico e estrutural no pais. Atualmente, o número de jovens e adultos supera o número de idosos na pirâmide etária nacional, o que indica a existência de uma janela de oportunidade - termo geopolítico utilizado para denominar um momento favorável na economia. Porém, futuramente, com o aumento da população grisalha do país e consequentemente dos gastos com o sistema previdenciário e com o de saúde, tal quadro pode ser invertido. A mesma situação pôde ser observada em países europeus que hoje em dia possuem uma população predominantemente idosa. Além do cenário de inversão da pirâmide etária, há agravantes para o problema. O envelhecimento da população brasileira está, na maioria das vezes, atrelado a uma qualidade de vida ruim, o que pode ser afirmado com base nos hábitos de saúde da população, tais como a boa alimentação e os esportes, que são deixados de lado em detrimento da turbulência nas grandes metrópoles. Todos esses fatos contribuem para uma sociedade idosa mais carente em termos médicos. No mais, há também a questão da espantosa improdutividade da terceira idade brasileira, que se torna problemática ao passo que causa a regressão do PIB brasileiro. Logo, para amenizar o problema, o MEC, em parceria com escolas públicas e privadas, poderia incentivar hábitos saudáveis desde cedo entre os jovens. Tal processo poderia ser realizado caso os cardápios das escolas fossem renovados e campeonatos esportivos fossem realizados mais frequentemente. Essas medidas promoveriam um envelhecimento mais saudável da população e possivelmente evitariam uma sobrecarga do sistema de saúde. Além do mais, o Ministério do Trabalho poderia criar ofícios leves e de pequena carga horária exclusivos para os idosos. Assim, a terceira idade se tornaria mais produtiva, o que impediria uma desestabilização econômica.