Nas próximas décadas o Brasil passará por um processo novo em sua história: o envelhecimento da população. Tal transformação tem origens nas mudanças políticas e sociais que aconteceram no século XX: a queda da taxa de fecundidade, a urbanização acelerada e a inclusão da mulher no mercado de trabalho. Esse novo cenário pode trazer consequências não apenas na oferta de emprego como também na qualidade de vida para a terceira idade. Nesse aspecto, os dados do IBGE mostram que em 2055 a proporção de idosos na pirâmide etária será maior que a de jovens com até 29 anos. Todavia, o mercado de trabalho pode não absorver esse número. As dificuldades de acompanhar as inovações tecnológicas, assim como a perda de vigor físico e mental e a necessidade de ausência no trabalho por razões de saúde, podem fazer com que as empresas tenham um certo preconceito em contratá-los. Por conseguinte, poderá haver aumento do desemprego nessa faixa etária. Ademais, será preciso garantir qualidade de vida para os idosos. Isso será um grande desafio para o Brasil, visto que uma população mais velha exige mais cuidados médicos e, em razão disso, mais vagas em hospitais, profissionais de saúde e novos postos de atendimento. Outra necessidade será um planejamento urbano que coloque a terceira idade como ponto chave, uma vez que muitas cidades atualmente contam com condições precárias para receber esses cidadãos. Portanto, é nítido que o envelhecimento da população brasileira será acompanhado de desafios sociais. Logo, medidas são necessárias para resolver o impasse. O poder Legislativo, em conjunto com o Ministério da Saúde, deve fazer um planejamento a longo prazo, que vise a construção de mais hospitais, postos de atendimento e criem mais vagas no SUS. Outrossim, o Governo deve disponibilizar mais verbas para criação de vagas para cursos da área de saúde nas Universidade Federais - enfermagem, medicina, biomedicina. Dessa forma será possível garantir um futuro onde os idosos estarão devidamente incluídos.