É um fato que a população brasileira vem envelhecendo nos últimos anos, tendência comum a países desenvolvidos, devido aos avanços na área de saúde. Ao mesmo tempo que isso se registra, também se percebe uma queda na taxa de natalidade, gerando um problema conhecido como a inversão da pirâmide etária: a base da pirâmide afina, enquanto seu topo se alarga, propiciando instabilidade. A população economicamente inativa, que não participa do mercado de trabalho, compreende a população idosa. Esta traz mais custos ao governo sem contribuir para o avanço da economia, o que é particularmente problemático quando a percentagem desse grupo passa a ser superior àquela da ativa, diminuindo a arrecadação do Estado. Agravando o exposto, o crescimento do número de idosos faz com que mais pessoas recebam a aposentadoria e, além disso, por mais tempo, devido ao aumento da expectativa de vida. Enquanto em países europeus essa foi uma mudança mais gradativa, no Brasil o processo de envelhecimento é acelerado, dando pouco tempo para que a Previdência planeje-se para o novo cenário. Vista a pressão que o aumento da população idosa coloca sobre o crescimento econômico, planejamento minucioso é necessário para evitar recessões ou endividamentos. A política sobre aposentadoria deve ser revista, para que a terceira idade possa receber seu sustento, sem que para isso cause danos à estrutura econômica brasileira. Uma solução, por exemplo, é aumentar a idade necessária para que o trabalhador se aposente. Para desinverter a pirâmide etária, combater a diminuição da população econômica ativa é preciso. Devem haver incentivos aos pais, na forma de benefícios ficais enquanto a criança depender da família. Mantendo a pirâmide etária equilibrada, mesmo que seu topo alargue-se, a base será capaz de impedir seu desmoronamento, mantendo a economia brasileira firme e capaz de sustentar sua população.