O crescimento da população idosa é uma realidade para o brasileiro. A estimativa, segundo o IBGE, é que essa população triplique nos próximos 20 anos. Isso, em virtude de uma melhora na expectativa de vida associada ao avanço e investimento na saúde. Ocasionalmente, espera-se que em 2055 a participação de idosos seja maior que a de crianças e jovens com até 29 anos. Esses dados preocupam os economistas, pois esse crescimento tem sido mais rápido que países desenvolvidos e mudará a balança produtiva do país. Por um lado uma faixa etária acima dos 60 anos com certa movimentação econômica, e por outro lado uma gestão pública precária. O Estado precisa se preparar nessa mesma velocidade. É evidente o potencial de consumo na terceira idade. Preocupação com a saúde, alimentação e bem- estar está no topo dessas estatísticas. Como consequência, custo e investimentos são necessários. Além disso, o número de idosos no ambiente de trabalho duplicou. Apesar da população está envelhecendo, observa-se um mercado consumidor e produtor importante para economia do país. Exemplos são vivenciados no calçadão das grandes capitais com grande parte de idosos preocupados com o bem- estar e nos postos de trabalho com pessoas postergando a sua aposentadoria, ou se tornando aposentados ativo. Segundo Arnaldo Antunes, a coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer. A população precisa buscar se tornar cada vez mais ativa e produtiva acima dos 60 anos com uma boa qualidade de vida. Em contrapartida, é preciso que os órgãos públicos ofereçam as ferramentas necessárias para essa busca. O sistema previdenciário cada vez mais aperta o valor no bolso do aposentado. A qualidade de vida não acompanha a mesma velocidade do crescimento etário, pois o sistema de segurança, a acessibilidade e o acesso ao transporte são precários. À medida que, a população envelhece ocorre uma maior procura por um serviço de saúde. Em contrapartida, o que observa são noticiários com filas enormes para um atendimento com marcação de exames ou procedimentos para meses depois. Um país de idosos é um bom marcador politico de desenvolvimento, porém é preciso associar esse resultado a uma boa qualidade de vida. Desta maneira, o crescimento da população idosa brasileira é uma realidade e trará consigo as consequências para a sociedade. Cabe ao Estado, estudar e planejar de acordo com experiências vividas em países desenvolvidos a melhor forma para um sistema previdenciário aplicável e sustentável. Além disso, ampliar, aplicar e fiscalizar investimento que reflitam na melhor qualidade de vida da terceira idade através de ações na ampliação de sistema de saúde, transporte e segurança para o idoso. À mídia, através dos telejornais, ampliar o espaço para mostrar a realidade pública enfrentada pelo idoso e através das novelas, conscientizar a população e o próprio idoso do seu papel e importância frente a esse novo modelo que será formado. À sociedade, buscar conscientização sobre a importância do idoso em um país que busca desenvolvimento, fomentar ações que defendam o estatuto do idoso e que independente da idade, cada um pode contribuir para a formação do cidadão e de um país desenvolvido.