Nos últimos anos, a população idosa brasileira teve um expressivo aumento em decorrência da diminuição da taxa de fecundidade da mulher brasileira e do aumento da expectativa de vida. Por conseguinte, houve uma redução no número de contribuintes da previdência social e um aumento do número de beneficiários, o que demonstra a necessidade de haver uma reformulação no sistema previdenciário. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo de idosos de 60 anos ou mais será maior que o grupo de crianças com até 14 anos já em 2030 e, em 2055, a participação de idosos na população total será maior que a de crianças e jovens com até 29 anos. Tal estatística evidencia a necessidade de uma reformulação no sistema previdenciário, pois a sua política atual se resume ao fato da população economicamente ativa sustentar a população da terceira idade. Como agravante da conjuntura brasileira, o Sistema Único de Saúde (SUS) não dispõe de unidades específicas para atender os idosos, na maioria das vezes, eles são atendidos em unidades básicas de saúde e hospitais de pronto socorro. O ideal seria que eles fossem atendidos em unidades especiais, como ocorre no Canadá, por se tratar de uma faixa etária diferenciada. Entende-se, portanto, que é necessário que o Estado intervenha na situação e promova uma reformulação no sistema previdenciário, pois este está insustentável. Além de promover a criação de empregos adequados à terceira idade e de investir em unidades específicas para o atendimento de idosos. Paralelo a tais medidas, a população deve reconhecer a importância das gerações mais antigas, através da promoção de palestras e debates em escolas.