Título da redação:

Novos idosos, velhos desafios.

Tema de redação: Crescimento da população idosa no Brasil e as consequências para a sociedade

Redação enviada em 24/08/2017

O aumento da longevidade de uma população é um triunfo do desenvolvimento da humanidade, uma vez que esse crescimento está relacionado com o progresso da medicina, com a melhoria do saneamento básico e com o aumento do poder econômico. Todavia, no âmbito social brasileiro, a elevação quantitativa da população idosa é acompanhada, sobretudo, da diminuição do número de jovens no país. Sob esse prisma, tal crescimento evidencia suas consequências para a sociedade verde e amarela: o impasse no tocante à Solidariedade Intergeracional, bem como na dependência, cada vez maior, da Terceira idade perante às políticas voltadas para à saúde. É importante pontuar, de início, que a pirâmide etária brasileira personifica a composição a qual o país está evidenciando: o aumento da longevidade em contrapartida do decrescimento da população mais jovem. Nesse viés, essa composição traz como consequência a falta de força laboral no mercado de trabalho. Como resultado, ocorre a subtração na arrecadação de fins por parte do Estado, acarretando, assim, na dificuldade de sustento econômico da demanda da sociedade mais idosa. Dessa maneira, a Solidariedade Intergeracional é colocada em xeque, essa se relacionando, ainda, com uma realidade contextualizada pela má gestão da previdência social. É fundamental designar, ainda, que, não obstante o país esteja em um contexto marcado pela crise na Solidariedade Intergeracional, ele, também, deixa claro seu pouco preparo no que se refere à assistência médica voltada para a Terceira idade. De fato, com o aumento da longevidade, mais indivíduos dependerão do sistema de saúde, entretanto, tal sistema ainda encontra-se em situações nefastas: com, por exemplo, idosos brasileiros perambulando entre postos de atendimento, sujeitos à demora em longas filas devido a enorme burocracia existente. Todo esse ínterim, certamente, vai de encontro a um dos preceitos do Estatuto do Idoso: a saúde como um direito fundamental. Por conseguinte, é necessário que o Governo Federal atue iminentemente nessa problemática por meio de um maior planejamento na gestão da previdência social, levando em consideração o contexto da Solidariedade Intergeracional, proporcionando ao idoso uma segurança econômica após sua contribuição para a sociedade. Outrossim, é imprescindível que o Ministério da Saúde realize políticas públicas que visem ao aprimoramento da atual estrutura de saúde no país, com a elevação quantitativa no número de postos médicos, bem como na supressão burocrática no tocante à essa temática, objetivando que a população, mormente o idoso, goze de um direito tão fundamental quanto é a saúde. Assim, o Brasil poderá estar preparado para a elevação da longevidade de sua nação.