Título da redação:

Idosos “jovens” e Idosos “idosos”

Tema de redação: Crescimento da população idosa no Brasil e as consequências para a sociedade

Redação enviada em 01/05/2016

O adjetivo “jovem”, na geografia, julga automaticamente um país em ser de Primeiro ou Segundo Mundo e, consequentemente, desenvolvido ou subdesenvolvido. O Brasil, na busca incessante de progresso, na década de 60, implantou políticas públicas de favorecimento da população idosa e medidas para freiar o quantitativo de natalidade. Contudo, essas ideologias antinatalistas trouxeram a acentuação da longevidade, e uma população sem condições estruturais para acolher esses idosos, levantando uma problemática. Sabidamente, hoje, há dificuldades em definir quem são as pessoas idosas. A heterogeneidade nesse grupo é presente entre idosos “jovens” e idosos “idosos” e, assim, constitui um segmento populacional resultante de condições pessoais e sociais. A vida longa se resulta a uma boa genética, avanços na medicina e o bem estar, e, essa crescente longevidade tem desafios, sobretudo na vida social e na linha previdenciária. Portanto, faz-se necessário rever as instituições voltadas a esse grande grupo. Ainda por cima, ao mesmo tempo em que cresce a pressão dos jovens para ter um papel social na sociedade, cresce, também, o número de idosos que se sentem descartados no mercado de trabalho e na própria população brasileira. Denotam-se, então, os erros do Estado em aplicar políticas desenvolvimentistas para elevar os percentuais de idosos sem, antes, implantar mecanismos de controle e de investimento estrutural para não se elevar excessivamente tais propostas e, dessa forma, torná-las um processo mais lento. É notório o descaso com o crescimento dessa população que tanto fez, e faz, para o Brasil, um comparativo evidencia os problemas a se enfrentar: para 100 crianças de 0 a 14 anos, se devem contar 172,7 idosos acima de 65 anos. O mercado de trabalho, em sua grande maioria, não aceita esses indivíduos, tornando-os ociosos e improdutíveis para a sociedade. Assim sendo, são claras as dificuldades enfrentadas por essa grande parcela da população em que hoje se destaca no Brasil. A esfera pública deve intervir para reverter o próprio problema em que ela criou. A princípio, se faz necessário os governos federais, estaduais e municipais intervirem com estímulos do nível físico e intelectual desses cidadãos, como, por exemplo, animar, exercitar e encorajar para, de acordo com os limites de cada um, voltarem a executar o que praticavam no mercado de trabalho, ou, até mesmo, ensinar a prática para os mais jovens. Por conseguinte, o reajuste da idade para fazer o uso da previdência social acarretaria no decréscimo desses bolsistas e controlaria a economia do país.