Nas últimas décadas, o Brasil começou a passar pela terceira fase da Transição Demográfica, o que significa que o país sofre simultaneamente um aumento da expectativa de vida e uma redução na taxa de fecundidade. Tal fato gera algumas consequências: maior gasto governamental com aposentadorias, aumento da procura pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e necessidade de novos produtos e serviços no mercado. Tendo em vista que a taxa de fecundidade da mulher brasileira diminuiu ao longo dos anos, pode-se afirmar que o número de trabalhadores que pagam seus impostos está se tornando menor que o número de idosos beneficiários da aposentadoria. Isso causa um descompasso nos gastos do Governo, dificultando a manutenção dos ajustes salariais para a terceira idade. Além disso, é natural que os idosos, mesmo quando saudáveis e ativos, necessitem de mais consultas médicas, fisioterapias e exames do que uma pessoa jovem. Esse fato tem causado uma sobrecarga no SUS e ademais tem deixado claro a necessidade de programas sociais que orientem as pessoas sobre as doenças comuns na idade avançada , como o Alzheimer. Ainda, percebe-se a necessidade de um incremento no mercado de serviços e produtos voltados para os idosos. A terceira idade atual gosta de se autointitular "a melhor idade" justamente por apreciar viagens, festas, exercícios físicos e estudos. Nessa linha, a Universidade de São Paulo (USP) oferece cursos em diversas áreas para idosos e algumas empresas de turismo já fazem pacotes especiais para eles. Dessa forma, pode-se notar que apesar do governo ter maiores gastos com a aposentadoria e com o SUS, os idosos são consumidores em potencial. Portanto é necessário repensar as formas de arrecadação e pagamento da aposentadoria. Além disso, o governo deve investir na formação de geriatras, na criação de centros de saúde para idosos e na divulgação de doenças específicas desse grupo. Ademais, é preciso incentivar, com isenção fiscal, comerciantes e empresários que foquem nesse nicho.