O célebre escritor irlandês Bernard Shaw ponderava ser a vida muito curta para refletir-se a respeito de fatos os quais não fossem realmente significativos, e poucos assuntos são, hodiernamente, mais relevantes do que os desafios do envelhecimento da população brasileira. Recentemente, tem-se visto um aumento significativo na expectativa de vida desse povo . Isso fez nascer um debate contínuo na sociedade acerca desse tema. Acreditar, pois, que a ineficiência dos governantes como fomentador de políticas públicas não trará agudas consequências ao meio social é pensar leviana e irresponsavelmente. É possível afirmar que a pirâmide etária no Brasil está semelhante a dos países desenvolvidos. Isso gera tanto consequências positivas quanto negativas, pois esse processo ocorre de maneira acelerada. Desse modo, pode-se destacar que esse fenômeno indica avanços em diversas áreas como, por exemplo, no campo da medicina, contudo, requer muitos investimentos do Poder Público e também uma nova postura nos hábitos da população. Além disso, por se tratar da parcela da população com mais de 60 anos de idade, necessariamente, os idosos precisam de projetos especifícos que garantam um envelhecimento com qualidade de vida. Isso é um assunto de alta complexidade, porque no brasil existe diversas classes sociais e, para cada uma delas, ações distintas devem ser elaboradas. O maior desafio é no setor mais pobre, devido a carência de recursos e baixa escolaridade das famílias. Portanto, a sociedade brasileira e o Poder Público têm que se adaptarem ao alargamento do topo da pirâmide etária. Desta maneira, o Ministério da Saúde em parceria com as secretarias municipais de saúde devem aperfeiçoar os projetos de atendimento básico a sáude, como o Programa de Saúde Familiar (PSF). Por meio disso, orientar os idosos sobre hábitos saudáveis de alimentação, atividadade física e controle de doenças crônicas. Assim, além da longevidade, a qualidade de vida é fundamental.