Durante a Revolução Industrial, no século XVIII, havia um receio popular de que as máquinas introduzidas acabariam com os empregos dos trabalhadores porque pensava-se que estes se tornariam obsoletos. O sentimento geral transformou-se em um movimento chamado Ludismo, que pregava a destruição das máquinas. No entanto, atualmente, as máquinas foram incorporadas ao labor, que apenas mudou de artesanal para automatizado. Paralelamente, no contexto socioeconômico, o Brasil passa por uma diferença geracional, na qual há poucos jovens economicamente ativos em relação ao percentual necessário para manter um crescimento econômico desejável com o aumento da população idosa, causando receio para com o futuro. Primeiramente, é importante ressaltar que uma alta taxa de longevidade significa melhoramento de medicina e qualidade de vida, portanto, pode-se dizer que isso reflete um avanço no Brasil. Além disso, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de idosos triplicará até 2030, passando de 13% para 39%. Por outro lado, uma alta taxa de idosos associada à baixa natalidade significa uma menor população economicamente ativa e, portanto, uma provável estagnação econômica – como já acontece no Japão, o país mais longevo do mundo. Esses fatos mostram que há necessidade de planejar o país com relação à futura proporção entre idosos e jovens, de forma a não causar estagnação econômica, mas também manter qualidade de vida da população. Somado aos pontos supracitados, ainda há pouco preparo para com o tema, mesmo sendo um futuro esperado. No que diz respeito ao bem-estar do idoso, o Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não é capaz de amparar adequadamente esta população. O trabalho é intenso pois idosos geralmente demandam cuidado constate visto que enfermidades adquiridas com a idade são crônicas, como dores, hipertensão e doenças coronárias. Há a necessidade de programas de saúde específicos para a terceira idade, voltados ao bem-estar geral desta população. Para lidar efetivamente com o envelhecimento populacional é necessário preparo. Portanto, é imprescindível ao Estado facilitar os programas de previdência social, públicas ou privadas, com emissão de crédito e diminuição de taxas, ou juros constantes, já que geralmente idosos as utilizam e é uma forma de rotar dinheiro na economia; além disso, expansão da medicina preventiva, como programas de alimentação balanceada, saneamento básico e exercícios, em parceria com o Ministério da Saúde , a mídia e grandes redes de hospitais, para educar a população jovem a envelhecer de forma saudável, reduzindo, assim, gastos com doenças e melhorando vitalidade, o que proporcionará o envelhecimento confortável da população. Dessa forma, a visão do cidadão brasileiro não será de receio para com o futuro, temendo obsolescência, mas sim o verá como aquisição de experiência.