De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a parcela da população idosa no Brasil ultrapassará a de crianças e jovens no ano de 2030 e, no de 2055, a de crianças e jovens com até 29 anos. Essa situação é proveniente da melhoria da qualidade de vida e da diminuição da taxa de natalidade no país. Entretanto, o Brasil não está preparado para esse novo cenário. Comumente, os motoristas de ônibus não param caso uma pessoa de idade esteja sozinha na parada e, se o ônibus estiver lotado, poucas pessoas sedem o seu lugar para o idoso. Essas situações refletem o quão individualista e capitalista uma parte da população está, pois, no primeiro contexto, como os idosos tem direito à gratuidade, as empresas de ônibus não recebem o valor da passagem e, consequentemente, não lucram. Enquanto no segundo, os cidadãos ignoram o fato do ancião não possuir mais a mesma resistência física para aguentar uma viagem em pé. Apesar dos avanços na área da saúde brasileira, os idosos continuam sendo atendidos na rede básica de saúde, quando, na verdade, eles necessitam de um atendimento estruturado e interligado, sem precisar, a cada diagnóstico, retornar ao posto de saúde para receber outro encaminhamento para ir ao outro especialista. Soma-se a isso a insuficiência de atividades, tanto físicas como intelectuais, voltadas para o público idoso. Muitos apresentam doenças corporais, como osteoporose e artrite, e a prática de atividades físicas ajudaria o combate dessas enfermidades. Ademais, eles têm dificuldades de utilizar os aparelhos tecnológicos atuais. Portanto, para melhorar esse cenário, as ONGs poderiam oferecer cursos de informática para a terceira idade e atividades físicas para esse público. As escolas, também ajudariam, ensinando desde a educação infantil, por meio de atividades e trabalhos sociais, a importância dos idosos para a sociedade. Então, a sociedade se tornaria mais consciente e preparada para o futuro realidade brasileira.