Com o crescente envelhecimento da população, o Brasil sairá de seu período bônus etário – maior faixa de jovens na pirâmide etária –, com a previsão de uma crise previdenciária num futuro próximo. A reinserção de idosos no mercado pode muda esse cenário. As transformações da pirâmide etária brasileira são um fenômeno bastante conhecido por países europeus e asiáticos, como a França e o Japão. Ao longo de um século eles vêm vivenciando as consequências dispendiosas dessa transição e, encontraram como solução o incentivo a continuidade dos idosos no mercado de trabalho, mesmo após a aposentadoria. Essa medida favorece dois grupos de idosos, os que ocupam vagas de baixa qualificação e remuneração, e os profissionais detentores do de expertise que ocupam vagas de maior qualificação e remuneração. Tal integração favorece duplamente a sociedade, pois além de suprir a falta de qualificação no mercado, reinsere a terceira idade. Contudo, os investimentos na previdência e no atendimento hospitalar geriátrico não podem ser deixados de lado. Valendo a ressalva de que um dia esses idosos já sustentaram os aposentados de sua geração, de forma que sua qualidade de vida deve ser assegurada. Logo, conclui-se que se bem administradas às consequências do envelhecimento da população podem ser minimizados e, até mesmo convertidas em benefícios sociais. Com o devido apoio das empresas privadas, com a ampliação de programas do tipo Melhor Idade, que estimulam o retorno de trabalhadores com mais idade ao mercado de trabalho, e com o condizente suporte infraestrutural do governo.