Sem dúvida, um dos maiores feitos da humanidade foi a ampliação do tempo de vida. Esse feito ocorreu inicialmente em países desenvolvidos, mas, mais recentemente é nos países em desenvolvimento, como o Brasil, que o envelhecimento da população tem ocorrido de forma mais acentuada. No entanto, o amadurecimento da população brasileira traz consigo grandes desafios e consequência a sociedade. Um dos grandes impasses está em viver mais e ao mesmo tempo agregar qualidade aos anos adicionais. O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios a saúde pública brasileira, há escassez de recursos para uma demanda crescente. A cada ano, mais de 650 mil idosos são incorporados à população. Entretanto, os investimentos em políticas voltadas para os idosos não são proporcionais a necessidade. Em 2008, dos 20 milhões dos recursos previstos, apenas 6 milhões foram aplicados a essa faixa da população. Mesmo os idosos consumindo mais serviços de saúde. Pois, em geral as doenças são crônicas e múltiplas, pendurando por vários anos e exigindo acompanhamento rigoroso e constante. Mas, esse acompanhamento muitas vezes não ocorre da forma ideal, o Estado não proporciona ao idoso a assistência necessária para se evitar essas doenças e por consequência promover a independência e a vida ativa com qualidade tão aspirada por todos. É fundamental, salientar, que já perdemos muito tempo acreditando que ainda éramos um país jovem. O Estado deixou de investir significadamente nesse grupo populacional que mais cresce em nosso país. Assim, se faz necessário que o Estado em uma medida de curto prazo destine mais verba para o investimento em saúde. E a longo prazo a elaboração de um plano nacional de prevenção e promoção da saúde do idoso o qual guiaria todas as diretrizes na construção de uma sociedade preparada para lidar com as consequência do amadurecimento da população.