Ao analisar as gerações da maioria das famílias brasileiras, é nítida a diminuição do número de filhos por casal com o passar do tempo. A contração da taxa de fecundidade junto com o aumento da qualidade e expectativa de vida trouxe um problema de países desenvolvidos para o Brasil: o crescimento preocupante da população idosa, o que gera sérias consequências para a economia nacional. Primeiramente, é importante examinar a crise da previdência social. O sistema da previdência funciona como uma pirâmide: a base (população economicamente ativa) sustenta o topo (aposentados), contribuindo com capital, “pagando” a aposentadoria dos idosos. Com o tempo, pessoas da base se aposentam, e recebem em forma de aposentadoria o dinheiro investido na previdência. Todavia, com a amplificação do contingente de idosos e a queda do número de jovens, a base ficará “fina” demais para sustentar o topo e a pirâmide quebrará. Ademais, há a questão dos gastos com a saúde pública. A idade vem acompanhada d diversos males à saúde e, por conseguinte, maior gasto com este segmento. Se não forem adotadas medidas pelo governo, os gastos com a saúde do povo aumentarão alarmantemente. Logo, para resolver a situação, é preciso a atuação conjunta das esferas pública e privada. É necessário que os empresários estimulem funcionários idosos a trabalharem por mais tempo, oferecendo adaptações físicas, bônus (como férias aumentadas) e um ambiente de trabalho prazeroso; deste modo, além de contribuir financeiramente, o idoso se sente mais ativo e incluso na sociedade. Não obstante, a ação do Estado é igualmente importante: é fundamental investir na saúde dos mais jovens (de modo que não venham a desenvolver doenças quando mais velhos), bem como criar políticas de ações afirmativas para idosos nas empresas.