Os avanços tecnológicos têm contribuído para a melhoria da qualidade de vida da população mundial. As descobertas na área da medicina, que elevaram os índices de expectativa de vida e redução da taxa de mortalidade, e a inserção da mulher no mercado de trabalho, que acarretou diminuição na taxa de natalidade, têm resultado no envelhecimento da população em diversos países. No Brasil, apesar do numero de idosos crescer constantemente, esta camada social encontra-se cada vez mais mergulhada no campo da negligência. O Estatuto do Idoso assegura todos os direitos das pessoas mais velhas, porém, há um desrespeito por parte da população, expresso em ocupações de locais preferenciais, por exemplo.Há também irreverência por parte do governo transparecido na debilidade da fiscalização de infringências como estas e tantas outras e considerar tal atrocidade como mero ato infracional de menor potencial ofensivo. Outro fator é a representação simbólica da figura idosa que foge da realidade atual: um ser frágil, exaurido com sua bengala. Hoje este estereótipo não se enquadra mais no cenário moderno, onde os antes anciãos, hoje estão mais ativos, e após a aposentadoria se dedicam em atividades físicas e ampliam as redes sociais para preencher o tempo livre. O fato de a população idosa crescer e superar a população jovem implica na redução da camada economicamente ativa e apesar desta faixa social abster- se da contribuição econômica para o país, ainda permanece dependente financeiramente, o que pode acarretar significativo recuo econômico e desenvolvimentista do país. Tal situação alarmante requer atenção governamental imediata, voltado principalmente para o planejamento e organização, uma vez que o gasto em previdências tenderá a aumentar, além de investir em estratégias visando aumentar a natalidade, como a França, por exemplo, que investiu em incentivo à gestação e obteve sucesso; por fim, atribuí-los ao mercado de trabalho, pelo fato de a maioria possuir condições e necessidade de emprego. Já a questão moral e ética, cabe à família, em conjunto com escola e mídia promover a valorização desse estrato da sociedade, já que este é um problema cultural enraizado na sociedade brasileira.