Segundo Zygmund Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações políticas, sociais e econômicas é uma das principais características da "modernidade líquida" vivenciada pela sociedade no século XX. Tem-se o despreparo no que se refere ao envelhecimento populacional no Brasil como um reflexo do pensamento do estudioso, posto que o Estado e os indivíduos apenas vivenciam o presente, sem vislumbrar o futuro. Têm-se como principais consequências dessa modificação na pirâmide social: a elevação dos gastos com a Previdência Social, visto que haverá um maior número de beneficiários em detrimento de uma menor parcela de contribuintes; o aumento do dispêndio com a saúde; há também a possibilidade de faltar jovens no mercado de trabalho e, por conseguinte, o encarecimento na mão-de-obra. Para ratificar tal fato, tem-se, de acordo com pesquisa apresentada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que o número de brasileiros de 65 quadruplicará até o ano de 2060, o que implicará em uma série de reformas sociais e adaptações nos espaços urbanos, com a finalidade de oferecer qualidade de vida à população e construir uma sociedade fidedigna aos ideais da Constituição cidadã. Em suma, cabe ao Estado investir em políticas de incentivos para a contratação de idosos que estejam aptos ao mercado de trabalho, uma vez que aliviaria problemáticas relacionadas à mão-de-obra e à Previdência Social. O Ministério da Saúde deve investir em campanhas para alertar sobre doenças cardiovasculares e diabetes, dado que essas são as principais causas de gastos com saúde e podem ser prevenidas com um melhor estilo de vida, além de melhorar a infraestrutura de postos de saúdes, hospitais. Desse modo, será possível conter o império do efêmero, segundo o qual a sociedade se encontra.