Desde o saneamento da cidade e da vacinação, realizados por Pereira Passos e Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro, o Brasil tem passado por um processo de reestruturação da sua pirâmide etária. Contudo, o Estado enfrenta grandes dificuldades para lidar com essa mudança que, sobretudo, aumentou a expectativa de vida e, por conseqüente, ampliou o número de idosos em território brasileiro. O desafio atual é a valorização da população da terceira idade que, em tempos passados, tanto contribuiu para a construção do país. Em primeiro lugar, pode facilmente perceber-se a falta de acessibilidade para a população idosa no Brasil: prédios sem elevador, falta de assentos em estabelecimentos e até mesmo degraus altos demais para adentrar no ônibus. Todos esses fatores são reflexos do descaso por parte das autoridades para garantir o acesso igualitário para os mais velhos. A saúde do idoso no Brasil não é tida como uma prioridade. Não é raro ter noticiada a morte de indivíduos com mais de 65 anos em filas de hospitais públicos por falta de leitos ou atendimento. Além disso, recentemente houve dificuldades no pagamento da Previdência social, um benefício necessário para grande parte da população idosa no país, que garante proveitos tais quais auxílio doença auxílio acidente. Conclui-se, portanto, que há necessidade de uma reformulação do Estado brasileiro para garantir o bem-estar dos idosos. Sendo assim, os governos municipais devem atuar na construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) especializadas e exclusivas ao atendimento da terceira idade. Ademais, ONGs defensoras dos direitos dos idosos, junto à agentes do governo federal, devem fiscalizar com rigor as estruturas dos estabelecimentos públicos e privados, para garantir a acessibilidade dos idosos. Com essas medidas será edificada uma nação mais justa com aqueles que, no passado, a edificaram.