Após a evolução das tecnologias, principalmente, com as Revoluções Industriais e a Segunda Guerra Mundial, fez-se necessário à utilização dessas em produtos geradores de lucro. Entretanto, com a difusão comercial pelo globo e o estímulo do indivíduo ao consumismo, as tecnologias que deveriam melhorar as suas vidas, fazem-no “marionete” de multinacionais e acarretam danos ao meio ambiente, fazendo-se necessário a ideia de consumo consciente. Devido em grande parte às estratégias de marketing, a ideia do consumismo desenfreado passou a fazer parte da vida do cidadão. Esse fato é apontado em diversos estudos, como os do sociólogo Zygmunt Bauman, o qual afirma que vivemos em “tempos líquidos”, nos quais as relações são fluídas, passando o ser a trocar o útil e duradouro pelo supérfluo. Esse fato acaba por contribuir para a geração ascendente de lixo e extração de recursos naturais. Tendo em vista isso, em decorrência da obsolescência programada dos produtos há um maior consumo de bens naturais e descarte incorreto dos resíduos gerados. Sendo esses descartados erroneamente sem separação que atendem a coleta seletiva, e não utilização da política de Logística Reversa para produtos poluidores. Exemplo disso é a poluição por objetos, como roupas e eletrodomésticos da Baia de Guanabara no Rio de Janeiro. Sendo assim, o consumo consciente para a redução do volume de mercadorias consumidas e a sua destinação correta é necessária, porém, outro fator importante é a sua procedência. Pois ainda há em nossa sociedade empresas que vendem seus produtos a preços baixíssimos, devido o trabalho escravo ou semiescravo de seus trabalhadores, sendo a “economia” de gastos e a exploração e falta de direitos dos empregados, refletidas em seu basto custo. Portanto, há em nossa sociedade a ideia difundida que o consumismo é essencial para as nossas vidas, mascarando as suas consequências e reflexos sociais. Diante disso, cabe ao governo e às ONG’s campanhas que incentivem o cidadão ao consumo sustentável; concerne as escolas aulas de educação ambiental, visando a conscientização de seus alunos; e é papel do indivíduo uma autofiscalização de suas compras, questionando-se desde a sua necessidade a suas consequências.