O consumismo, um dos grandes problemas do século XXI, é sem dúvidas preocupante para os diversos segmentos da sociedade. Os impactos são incontáveis, não apenas por danos ecológicos, mas devido as interferência psicológica nos indivíduos. Será possível, em meio a tantas propagandas e tantos meios que estimulam a prática, um consumo consciente? Um aspecto que deve ser analisado junto ao consumismo é o crescimento da população mundial. Hoje, estima-se que a população seja de aproximadamente 7 bilhões de pessoas, mas esse crescimento não se encontra estabilizado. Os menos pessimistas acreditam que até 2050 a terra contará com 9 bilhões de habitantes. O consumismo e crescimento populacional podem parecer dois fatos bem distintos, mas estão completamente interligado. A medida que a população cresce, aumenta também a necessidade de recursos, de alimentação, moradias e também de anseios pessoais. Se hoje existem grandes dificuldades para a organização da produção junto com os meios de desenvolvimento sustentável, o crescimento populacional certamente abalará ainda mais esses pilares, principalmente por ser tão célere esse crescimento. Além disso, o consumismo está diretamente ligado ao meios de publicidades que despertam os desejos mais sensíveis dos seres humanos e, muitas vezes, os levam a comprar coisas que não são fundamentais, principalmente quando o tópico é a industria de cosméticos. Pesquisas feitas por uma universidade de sociologia de Oxford mostram que um dos principais motivos que levam as pessoas a utilizar produtos de beleza são frutos de uma produção da própria sociedade, que desenvolve através de propagadas, ideais utópicos de indivíduos (modelos e celebridades) e que levam os seres humanos a buscarem a se assemelhar a esse ideal, custe o que custar. Por conta disso, o desenvolvimento da industria de cosméticos foi três vezes maios do que o desenvolvimento da farmacêutica nos últimos 60 anos e as consequências para a sociedade não poderiam ser menos desastrosas (testes em animais,aumento do numero de lixões...). Dessa forma, nota-se que, cada vez mais, as pessoas buscam realizar seus desejos e satisfazerem suas pseudas necessidades sem se questionarem o que realmente é necessário. Por conta dessa prática incauta, o consumismo parece está enraizado no desenvolvimento coletivo, mas pode ser amenizado. É fundamental uma política governamental que interfira no uso das propagandas como uma possibilidade de persuasão. Além disso, as próprias instituições educacionais podem amenizar a situação através de uma educação e de diálogos que demonstrem o quanto o consumismo pode ser prejudicial para o individuo e para o coletivo. Tais medidas pode não ser a solução a curto prazo, mas são um longa passo de uma grande caminhada.