O mundo capitalista fundamenta-se no lucro, obtido por meio do consumo. O aumento na demanda por mercadorias aquece a economia local e abre novos postos de emprego. No entanto, o consumo exagerado é um grande risco a sociedade moderna, pois consome recursos energéticos e matéria prima em demasia e acumula, ao longo do processo industrial, grande quantidade de lixo e dejetos. O homem do século XXI é extremamente influenciado pela mídia globalizada, que condiciona felicidade e prosperidade ao poder de compra. Desse modo promove, principalmente nos jovens, um consumo irresponsável, que não leva em conta os ônus ambientais da produção, pelo simples desejo de se estar na moda, ou ter sua necessidade de aceitação em grupo preenchida por meio de eletrônicos ou roupas de marca, numa clara super valorização do "ter" em detrimento ao "ser". O consumo desenfreado, além de gerar grande quantidade de lixo nas embalagens ou no descarte de aparelhos indevidamente considerados obsoletos, intensifica a exploração de recursos naturais como matéria prima e energia, o que está desequilibrando o clima e ecossistemas em diversos locais do globo. Desastres naturais, mudança nas estações de chuvas e aquecimento global são só alguns exemplos de malefícios dessa exploração maciça e predatória. Infere-se, portanto, que o consumo é fundamental para a manutenção da economia, mas esse deve ocorrer de forma responsável. A ideologia consumista dos jovens deve ser trabalhada, através de matérias escolares específicas, já nos primeiros anos do ensino fundamental, para que ao crescer tornem-se cidadãos conscientes de seu papel. Ademais selos de qualidade atribuídos a empresas comprovadamente sustentáveis devem ser amplamente divulgados para que se tornem referência para o mercado. A partir disso poderemos sustentar não só a sociedade moderna como também o meio ambiente.