Desde a consolidação do capitalismo no século XVIII, durante a revolução industrial, é estimulada a compra desnecessária e exagerada de produtos. Tal consumismo tem trazido consequências prejudiciais tanto ao meio ambiente, pelo descarte abundante de lixo, quanto a própria sociedade, através da acentuação das desigualdades sociais. Faz-se necessário, portanto, a criação urgente de projetos que minimizem essas ações desmedidas, visando uma melhor harmonia com a natureza e dentro da sociedade. De acordo com teóricos evolucionistas, por ter sido incentivado durante dois séculos, o consumo se tornou medida de evolução humana: os mais adaptados a vida moderna, ou seja, com maiores possibilidades de sucesso, são os de maior poder de compra. Sendo assim, o consumo descomedido para a demonstração de “vantagens adaptativas” – ou status social - através da reposição supérflua e descarte rápido de produtos se tornou um comportamento inato do homem e, portanto, de difícil mudança. Prova disso é o pequeno impacto causado por publicidades de conscientização ambiental promovidas por organizações ambientais, como WWF, ou, até mesmo, pelo governo federal. Por se tornar comum, esse tipo de campanha é geralmente ignorado pelo público. Soma-se, ainda, a inexistência de projetos de educação ambiental em escolas e a inefetivação das leis ambientais do país, como a aprovada em 2013 , que proibia a gratuidade das sacolas plásticas no comércio. É possível concluir, portanto, que são necessárias medidas mais impactantes para que o consumo excessivo e supérfluo seja atenuado. Assim, é essencial que as famílias e escolas implantem no cotidiano das crianças atividades educacionais, como brincadeiras, que conscientizem os pupilos da necessidade de um consumo consciente. Ao Poder Público, cumpre sensibilizar a população adulta através da multa ao consumo exagerado de água, energia ou a não participação na coleta seletiva de reciclagem de produtos. Também pode ser estimulado pelo governo a instalação de lojas ecológicas, como as que não utilizam embalagens já presentes na Alemanha, ou o desenvolvimento de produtos mais duráveis, através da punição a empresas que forcem a pequena validade de suas mercadorias, estimulando a compra. Assim, em um futuro próximo, as relações homem-homem e homem-natureza serão harmônicas.