O modo de produção capitalista em consonância ao consumismo descontrolado da sociedade contemporânea, tem resultado em irreparáveis prejuízos. No Brasil, a quantidade de lixo aumenta a cada dia, assim como o desperdício hídrico, por consequência, os impactos recaem sobre o planeta. Sob esse aspecto, é evidente a necessidade de adotar um consumo consciente, a favor de evitar desequilíbrios na natureza. Em um primeiro plano, deve-se observar que o consumismo exacerbado e inconsciente tem favorecido ao desperdício, gerando cada vez mais lixos. Nesse contexto, vale destacar que esses resíduos quando são mal descartados pela população, na zona urbana, entopem bueiros, resultando em enchentes. Além do mais, quando depositados em lixões a céu aberto, causam proliferação de mosquitos transmissores de doenças e até uma possível contaminação de lençóis freáticos, rios e córregos. Contudo, é importante perceber que aquelas sacolas plástica recebida em mercados sem ser cobradas, embalagens descartáveis de produtos alimentícios ou de limpezas, podem ter valor inestimável para a natureza. Dessa forma, é imprescindível práticas para a diminuição desses rejeitos, visando minimizar os impactos ambientais. Segundo Paul Watson, inteligência é a habilidade das espécies para viver em harmonia com o meio ambiente. No entanto, o Brasil está longe dessa harmonia, uma vez que, além do excesso de lixo gerado pela população, há o descuido com a água utilizada na agricultura, nas indústrias e também nas tarefas domésticas. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 80% do gasto de água no país vai para agricultura e metade é desperdiçada em irrigações mal executadas. Com base nesses fatores, é indubitável a necessidade de mudanças a favor de equilibrar o consumismo e as consequências decorrentes, assim como disse Chico Buarque: “As pessoas têm medo da mudança. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem.” Diante disso, impende à população, evitar o uso de sacolas plásticas, dando prioridade a sacolas não descartáveis, levadas de casa e que podem ser reutilizadas. Além disso, a mídia com seu poder de persuasão, pode incentivar à população sobre adotar a política dos “Rs”. Ademais, o Ministério da Agricultura, deve estipular uma quantia de água que pode ser perdida e multar os agricultores que não obedecer. Por fim, ONGs, podem criar programas de orientação populacional com utilização de palestras e cartilhas que eduquem sobre a importância de consumir de forma consciente e que traga menos danos possíveis a natureza. Assim, será possível encontrar o equilibro entre o consumo e o planeta.