As gerações do século XX e XXI possuem como um de seus maiores problemas a escassez do meio ambiente. Diferentemente de como agem as empresas, fábricas e indústrias, o planeta não é infinito e seus recursos naturais estão se esgotando devido a intervenção do homem de maneira insustentável. Desde a Revolução Industrial a relação da sociedade com a natureza se transformou, passando de uma dependência física para financeira, o que se reflete no consumismo exarcebado vigente nos dias atuais. Tal realidade desencadeia sérias consequências na forma de vida humana. Essa problemática tem sido gerada principalmente por duas causas, a obsolescência planejada e a obsolescência perceptível. A primeira delas foi criada por volta da década de 30 do século XX, pelas grandes indústrias, e se resume em fabricar produtos com vida útil reduzida, ou seja, em pouco tempo os artigos fabricados deixam de funcionar, como as lâmpadas, por exemplo, antigamente elas duravam muito, dessa forma os fabricantes vendiam um número limitado, então para aumentar as vendas reduziram a vida útil das lâmpadas para apenas mil horas padrão. A segunda causa apresenta como grande aliada as mídias e se constitui em estimular a sociedade a jogar fora produtos que ainda funcionam, tão somente porque não se encaixam nos novos padrões impostos pela moda. Sendo esse fator facilmente evidenciado nos aparelhos eletrônicos, como celulares por exemplo, os quais muitas pessoas se desfazem para adquirir novos somente por serem de um modelo mais atual, porém com a mesma funcionalidade do antigo. Ademais, os impactos ambientais que esse consumismo exarcebado traz são imensuráveis e prejudiciais ao próprio homem. O uso demasiado dos rescursos naturais tem afetado todo o planeta, como evidencia-se na Floresta Amazônica, na qual duas mil árvores são derrubadas por minuto, o equivalente a um campo de futebol. Toda essa demanda é usada para a fabricação de mais produtos, aumentando o consumo e também a descartabilidade. Esse lixo produzido em série nem sempre possui um lugar e um tratamento adequado, o que leva a poluição do meio do meio ambiente e a proliferação de doenças como a dengue. Isso mostra que tal ciclo de consumo insustentável gera problemas para a população, a qual por sua vez é a principal ocasionadora dessa realidade. Portanto, diante do exposto, faz-se necessário uma intervenção do Estado por meio de uma regularizaçãoe fiscalização de um novo padrão de produção, evitando as obsolescências programadas, além de ratificar que o lixo tenha um tratamento e destinação adequados. À sociedade fica o dever de promover debates, nas escolas por exemplo, ressaltando a importância da sustentabilidade e do discernimento perante as mídias e as imposições que elas criam na população para que haja o consumo mesmo sem necessidade. Cabendo, ainda, ao cidadão a conscientização do consumismo sustentável, passando essa concepção para as crianças, com a finalidade de que as futuras gerações não cometam os mesmo erros com o meio ambiente.