Em vista da dimensão da interferência humana no meio ambiente, foi criado o conceito de sustentabilidade, um conjunto de medidas que visam suprir as necessidades atuais do homem sem comprometer o futuro das próximas gerações. No entento, pode-se perceber um relativo fracasso dessa doutrina, o qual apresenta como principais causas as questões econômicas. Em primeiro plano, é importante destacar que o sistema capitalista atual baseia-se no modelo produtivo toyotista, que tem como característica a obsolescência programada. De acordo com essa política, os produtos são fabricados com curto prazo de durabilidade, o que força o indivíduo a comprar novas mercadorias, estimulando, assim, o consumo. Desse modo, observa-se um aumento exponencial da produção de lixo industrial e eletrônico que, descartados de maneira incorreta, são extremamente nocivos ao meio e afetam a fauna e a flora, visto que poluem os recursos hídricos e podem liberar metais pesados no ambiente. Ademais, é possível notar uma considerável resistência dos líderes políticos mundiais em adotar práticas sustentáveis. Isso acontece porque a diminuição da agressão ambiental implica a substituição dos modos de geração de energia e produção industrial vigentes. Entretanto, as tecnologias tradicionais são, majoritariamente, mais baratas e eficientes –e, portanto, mais rentáveis– do que as sugeridas. Com isso, percebe-se que, por resultar em um possível déficit financeiro, os países não estão se apresentando dispostos a comprometer seu avanço econômico em prol do ambientalismo. Isso fica claro com as sucessivas tentativas, seguidas de fracassos, de acordos mundiais sustentáveis, como a Agenda 21. Portanto, por ser vista como um empecilho ao progresso capitalista, dificilmente a questão ambiental será tratada como prioridade governamental. Logo, a iniciativa de mudança deve partir da própria população e ser incentivada desde a infância. Deve-se estimular, por exemplo, a prática da preciclagem. Essa consiste no ato de escolher comprar mercadorias menos danosas ao ambiente, o que força as empresas a aumentarem sua produção ecologicamente correta. Isso pode ser feito tanto pelas famílias quanto pelas escolas, em relação às crianças -com atividades e debates sobre assunto- e pelos locais de trabalhos –com palestras-, para os adultos. Os veículos midiáticos, por meio de campanhas publicitárias, também têm papel fundamental na divulgação dessas práticas. Assim, o consumo consciente será valorizado, passo valioso para o sucesso da sustentabilidade e proteção do planeta.