Com o crescente aumento populacional e as mudanças no estilo de vida das sociedades, iniciadas com as revoluções industriais, houve a necessidade da ampliação do consumo, ou seja, quanto maior o contingente populacional, maior a necessidade de ampliar-se a demanda, gerando maior oferta, maior consumo e inevitavelmente maior descarte de dejetos. Todo esse ciclo pode passar despercebido por grande parcela da comunidade porém, seus efeitos, são sentidos diariamente, logo, é diante do dilema, crescer de forma sustentável, que a pauta, consumo consciente, entra em cena. É inevitável assumir que em tempos como os atuais, a globalização pode ser sentida em praticamente toda parte, se não completamente, e que a tecnologia tornou-se importante aliada na busca por melhorias nas condições de vida das sociedades. Por outro lado, seria um erro não apontar que essa mesma globalização é responsável por uma problemática cada dia mais preocupante, o consumo desenfreado, desnecessário, o "ter para ser", comprar para satisfazer o ego próprio e alheio, sentimento alimentado diariamente pela mídia. Porém, se por um lado o consumo inconsciente preocupa, o consumo necessário também gera suas dores de cabeça. Se algo é consumido, por mais necessário que seja, gera algum tipo de resíduo e são os destinos errados que são dados a esses dejetos que fazem deles vilões em potencial. Contudo, é evidente que o consumo inconsciente e o descarte rápido de produtos que se tornam obsoletos em curto prazo, geram maior preocupação, só que torna-se evidente que diante do contexto onde consumir, de certa forma, tornou-se algo indispensável, qualquer foco gera atenção e preocupação. Diante dos fatos aqui apresentados, o cenário globalizado atual gerou um aumento do consumo, já que as sociedades cresceram e consomem cada dia mais, o número de dejetos também aumentaram, seguido da obsolência dos produtos e dos encantos da mídia. É impossível negar a importância do consumo para uma sociedade capitalista, mas limites devem existir quando a integridade ambiental e das sociedades estão postas em xeque. Evitar desperdício, seja qual for o tipo, investimento dos estados em coletas seletivas e construção de aterros sanitários, não tratar objetos de forma obsoleta, quase que instantaneamente, e encontrar formas alternativas de reaproveitar algo que de início parece não ter mais serventia, além de descartar corretamente produtos tóxicos ao ambiente, são algumas medidas que devem ser adotadas em prol da mudança do cenário atual.