No livro “ Quincas Borba”, o realista Machado de Assis expõe grandes afeições pelo seu animal de estimação. Em contrapartida, no Brasil, essa realidade estende-se como controvérsia, pois os maus-tratos contra os animais, independente da taxonomia, são designados toleráveis pela legislação e sociedade brasileira, havendo o apogeu do antropocentrismo perante os seres pressupostos, denominados inferiores. Em uma primeira análise, convém ressaltar a execução da população brasileira como divergente dos direitos animais, em virtude da própria satisfação. Nesse sentido, é alarmante a abrangência das manchetes em redes sociais sobre efetuações danosas contra esses indivíduos, além de essas ações serem desumanas, mostram, também, a individualidade do homem em meio à fauna, prosperando a desigualdade e violência. Outrossim, a cultura vinculada a tais parâmetros induz as futuras gerações à ausência de conscientização desses atos equivocados contra os animais. Disponibilizando como exemplos, as vaquejadas e os circos, que, por conseguinte, expõem os animais como objetos a serem manipulados e torturados em âmbito social. Logo, vê-se que a repugnância correlacionada com a brutalidade está sendo convertida em aplausos nesses espaços de entretenimento. Ademais, a proteção legal em combate aos danos submetidos para os animais é tomada ineficiente, pois essa lei visa detenções de apenas três meses a um ano e não é definitivamente rigorosa, havendo, somente, também, a abrangência da custódia federal, invalidando a obrigatoriedade para os municípios. Assim, nota-se o fluxo da negligência aumentando por ausência de punições e ineficiência governamental. Além do mais, é de suma relevância salientar a questão dos animais de rua, que sofrem exposições, que podem causar danos, até mesmo a morte desses indivíduos e a transmissão de doenças, como a raiva. Assim, notá-se a equivocação do governo perante à resolução desse impasse. À vista disso, é inviável que ações correlacionadas com a Idade Média, ou seja, antropocentrismo, ainda esteja em alta na atualidade, subjugando os demais seres. Dessa forma, espera-se haver por conduta do Poder Legislativo, em parceria com o Judiciário, a fim da melhoria da lei 9605/48 artigo 32, que deverá ser exposta em locais públicos, por meio de cartazes, afirmando que qualquer dano cometido contra qualquer animal é crime e deve ser denunciado, por meio do fone 181. Afinal, a compaixão para com os animais é uma das virtudes da natureza humana, sendo assim relevante à harmonização da biosfera.