O Período da Pré-História foi marcado por pinturas rupestres que retratavam de forma natural a proximidade entre homens e animais. Hodiernamente, a estreita relação entre a humanidade e as diversas espécies de animais tornou-se palco de atitudes abusivas e de maus-tratos contra quem inicialmente promoveria companhia ao dono. Nesse sentido, cabe analisar os entraves vinculados à problemática dos maus-tratos contra os animais na vigente sociedade brasileira. Primordialmente, é Indubitável que a aplicação das leis constitucionais esteja entre os princípios do problema. De acordo com o que está prescrito na Constituição, é proibido maltratar animais silvestres, domésticos, domesticados, nativos ou exóticos. No entanto, o escasso controle e a fiscalização em ambientes responsáveis por animais, como zoológicos e pet shops, corroboram práticas nocivas e, assim, negligencia direitos fundamentais como a vida, a integridade física e a liberdade de espécies vítimas da violência. Outrossim, em conformidade com o filósofo Jeremy Bentham, não importa se os animais são incapazes ou não de pensar. O que importa é que eles são capazes de sofrer. Sob esse viés, compreende-se que pessoas que praticam atos de violência contra os animais, embora queiram justificar tais atitudes com a irracionalidade do reino animalia, descartam a capacidade dos animais de sentirem dor e, dessa maneira, favorecem o sofrimento de diversos animais devido aos maus-tratos. Dessa forma, medidas são necessárias para resolver esse impasse. Portanto, o Estado deve otimizar a criação e a aplicação de leis mais severas referentes os maltratatos contra os animais, a fim de diminuir essas muitas práticas nocivas presentes na sociedade. Ademais, o IBAMA, aliado às ONGs, deve promover intensivamente campanhas que abordem o assunto dos maus-tratos contra os animais de forma abrangente, com o intuito de haver uma maior conscientização populacional. Desse modo, como Jeremy Bentham, entender-se-á que os animais, considerados irracionais, são capazes de sofrer.