A Declaração Universal dos Direitos dos Animais é clara em seu Art. 3: maus-tratos e crueldade a qualquer tipo de animal é inaceitável. Contudo, recorrentes casos de maus-tratos vão de encontro a esse artigo. Portanto, evidencia-se a necessidade de ações governamentais que visem combater o abuso frente aos animas no Brasil. Primeiramente, é importante destacar, como uma das principais causas do problema, a mentalidade equivocada no trato com os animais, que é compartilhada por grande parte da sociedade. Nesse sentido, as diversas formas de maus-tratos são encaradas com naturalidade, como ocorrem em rodeios e vaquejadas, e essa maneira errada de pensar é transmitida às novas gerações. Assim, fica evidente que a mudança deve ocorrer por meio de um contínuo processo de conscientização de que a espécie humana, por sua capacidade de raciocínio, é a guardiã das demais formas de vida na terra. Outrossim, o descaso do poder público é outro fator responsável pelos maus-tratos contra os animais. Conforme o Direito, crimes com pena máxima de um ano podem ser despenalizados rapidamente, por meio da Suspensão Condicional do Processo, como é o caso da agressão aos animais. Logo, em virtude disso o ato criminoso tende a ser banalizado e, por conseguinte, perdura no país. Dessa maneira, nota-se que o âmbito legislativo precisa rever as punições aos culpados. Por conseguinte, são necessárias novas ações para a resolução desses problemas. O Poder Legislativo deve enrijecer as penas e sancionar um projeto de lei que fiscalize e criminalize qualquer denúncia e toda a prática cultural que, comprovada na fiscalização, maltrate os animais. Cabe também ao Ministério da Educação em ação conjunta com o Ministério do Meio Ambiente, a realização de campanhas de conscientização nas escolas e bairros para melhorar a interação do homem com o meio ambiente e estimular todos a respeitar os animais.