O documentário norte-americano “Blackfish” evidencia as consequências negativas do uso das orcas para entretenimento no parque aquático Sea World, focando em Tilikum que assassinou três pessoas. Sob o mesmo ponto de vista especista, é notório que o homem acredita que os animais são objetos passivos de qualquer violência. Nesse contexto, deve-se analisar maneiras de solucionar a questão dos maus tratos contra os animais, como uma fiscalização mais rígida e o fortalecimento de uma cultura voltada para a empatia. A princípio, a aplicação mais ativa da fiscalização iria solver a violência contra os animais. A esse respeito, é valido mencionar que o Brasil é subscritor da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, que conferiu a todos os bichos o direito à vida e ao respeito. Assim, apesar de a participação na formulação dessa declaração e da existência de outras leis que preveem penalidades, casos de abandono, cárcere e envenenamento não são raros, comprovando que a problemática persiste pela falta de fiscalização efetiva. Nesse âmbito, o especismo continua sendo feito e os animais não humanos seguem como meras propriedades coisificadas pelo homem. De outra parte, a fortificação de uma cultura voltada para a empatia aos bichos iria resolver a adversividade. Nesse sentido, o filósofo alemão Schopenhawer acreditava que a compaixão pelos animais estava intimamente ligada a bondade de caráter do homem. Dessa forma, os animais sencientes deveriam ser tratados com o mesmo padrão de respeito dispensado a nossa espécie. Como resultado, movimentos vegetarianos e veganos vem conquistando mais adeptos, empenhando-se contra a violência e as mortes que ocorrem na produção alimentícia de carnes e derivados de origem animal. Logo, percebe-se que com uma cultura mais compreensiva que não visa ganhos financeiros à custa de outras vidas, o problema da crueldade contra os animais seria solucionado. Pode-se concluir, portanto, que uma fiscalização mais rígida e uma cultura mais empática iriam resolver a questão dos maus tratos contra os animais. Sob esse aspecto, o Ministério do Meio Ambiente em parceria com o IBAMA, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, deve intensificar a atuação da Polícia Militar Ambiental, por meio de constantes cursos e palestras, a fim de que a fiscalização ocorra com mais força e que não haja corrupção nas atuações. Também, é necessário que ONGs dedicadas aos direitos dos animais, como a Mercy for Animals e a PETA, promovam passeadas, palestras e eventos, com a finalidade de levar as ideias de compaixão para diferentes parcelas da população. Com isso, o especismo que é comum a população humana deixará de vigorar.