Alexandre, o grande, durante o expansionismo Macedônio começou a utilizar, além dos cavalos e cães de sua infantaria, elefantes, camelos e demais animais dos continentes conquistados como armas de guerra, resultando no genocídio de incontáveis espécimes. Similarmente, nos dias correntes, a questão dos maus-tratos aos animais tem tomado força e gerado uma sensação de "déjà vu", que apesar de em um cenário alheio ao imperialismo, é tão nefasto quanto ele. Diante disso, despontam como principais agravantes dessa problemática a falta de medidas fiscais e legais que respaldem os animais, além da falta de empatia que tem seus alicerces firmados no equívoco da superioridade do homem. Precipuamente, a idéia equivocada de inferioridade e ausência de racionalidade animal é o principal argumento utilizado para justificar as piores atrocidades cometidas a estes. Em contraste a essa assertiva, o vídeo da reação do boi, posteriormente nomeado Bandit, de aparente euforia e gratidão ao ativista que o salvou do matadouro e chimpanzés que se abraçam ao perceber que foram salvos dos laboratórios onde eram cobaias, veiculado pela reportagem do canal "Hoje em dia" no Youtube, viralizou nas redes sociais e mostrou que os "bichos" não são somente instinto e que o narcisismo do homem e sua falta de empatia são inferiores a qualquer fraqueza animal. Demonstrando, dessa forma ser a imagem e semelhança do Lobo do homem descrito pelo filósofo Thomas Hobbes. Atrela-se ao exposto o descaso fiscal e legal com a causa animal. Dessarte, atitudes como o abandono, promoção de rinhas, maus-tratos, comercialização exploratória e utilização de cobaias em laboratórios, apesar de atos deploráveis, alguns até respaldados por questões biológicas, não são tratados com a severidade que os crimes contra a vida, seja ela qual for, requerem. Assim, a falta de punição mediante omissão de denúncias, bem como o baixo financiamento de projetos públicos para salvaguardar outros seres vivos é um problema em constante crescimento que angustia ONG's, ativistas e milhares de defensores da causa. É improtelável, portanto, que o Ministério Público utilize a força midiática para propagação da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, afim de mostrar que atos contra estes não ficarão impunes, e podem ser denunciados, formando assim a consciência de possíveis testemunhas oculares de casos de maus-tratos. Também, apoio fiscal a ONG's como a "Oito vidas", para construção de um santuário animal onde aqueles em situação de rua possam encontrar alento, pode surtir efeitos positivos na qualidade de vida desses, além de diminuir o número de cães e gatos de rua, bem como acolher silvestres resgatados de cativeiros ilegais, o trabalho paralelo entre o poder publico e as ONG's deve ser positivo e transformador criando o cenário onde animais são armas, agora, no entanto, na guerra contra a ignorância e a falta de empatia.