Ao longo da história, a relação do homem com os animais sempre foi muito presente, seja utilizando-os como meio de transporte ou na atividade agrária. Porém, na atualidade, essa relação harmônica foi rompida, trazendo à tona uma questão que precisa ser combatida no Brasil: os maus-tratos contra os animais, que foram justificados pelo prazer e pelo ganho financeiro. Primeiramente, alguns circos ainda usam em seus espetáculos animais que mesmo sendo selvagens – leões, tigres e elefantes, por exemplo – acabam por domesticá-los. Enquanto isso o público aplaude, mas não refletem que eles sofrem com a violência utilizada para aprenderem coisas que vão contra a sua natureza. Entretanto, alguns estados brasileiros já sancionaram leis que proíbem espetáculos com animais. Assim, fica evidente que deve ocorrer um processo de conscientização da sociedade, que se diz civilizada e moderna, de que tais práticas são cruéis e não de entretenimento. Ademais, o geógrafo Milton Santos alerta que “o homem não é mais amigo da natureza”. Atualmente, os bichos passaram a ser compreendidos como bem financeiro. Logo, a grande demanda pela busca de animais domésticos estimula a criação de criadouros clandestinos como o noticiado pelo site Gazeta do Povo onde mais de 113 cachorros viviam em condições precárias para venda e reprodução. Destarte, fica evidente a necessidade de reconhecer que os animais irracionais também devem ser respeitados e de ter acesso aos seus direitos que são garantidos pela Constituição. Nesse sentido, a mobilização da sociedade e da administração pública é necessária para denunciar e prevenir esses problemas. Dessa forma, é papel dos órgãos federais, em parcerias com as prefeituras, estimular maiores fiscalizações e punições rígidas para esses crimes. Além disso, ONGs de proteção animal devem usar os canais midiáticos para promover campanhas de conscientização, assim, quando a população presenciar ações de maus-tratos procurarão as autoridades competentes. Só assim o homem poderá voltar a ser amigo da natureza.