Segundo o filósofo Nietzsche, o homem perdeu sua saudável razão natural e se voltou contra a natureza. Essa afirmação se evidencia na atual situação de abandono e maus-tratos contra os animais no Brasil em consonância com a falta de interesse estatal perante tal problemática. A princípio, é visível o alto índice de abando dessa classe pelos seus donos. Segundo a OMS, cerca de 30 milhões de animais estão vivendo na rua sujeitos as mais nefastas situações, sejam climáticas, biológicas ou mesmo de violência. Tal panorama se faz muito presente nas áreas urbanas, ocasionando também em um problema de saúde pública, uma vez que tal seres, negligenciados e sem cuidados de saúde, podem desenvolver e transportar diversas doenças e disseminá-las no meu social, viabilizando o surgimento de epidemias e eventuais mortes animálias, inclusive humanas. Outrossim, a ineficácia e descaso do Governo Federal diante essa adversidade é notável. Embora no Art. 32 da Constituição preveja Crime Ambiental causar injurias aos animais, tal como pôr a vida destes em risco, a realidade é que, na maioria dos casos, prevalece a impunidade de seus agressores, perpetuando tais atrocidades e gerando um ciclo extremamente danoso a todos. Fica claro, portanto, a urgência em solucionar a atual conjuntura. Sendo assim, urge que o Governo Federal, em parceria com o Poder Executivo, invista em políticas públicas com o objetivo de fazer cumprir a lei, acabando com a impunidade e penalizando os agressores. Além disso, a sociedade deve ser informada e educada tanto para não praticar tais delitos, como para denunciar possíveis abusos. Desde que haja parceria entre governo e comunidade, será possível amenizar a questão dos maus-tratos contra os animais, construindo uma sociedade mais fiel aos princípios da constituição a fim de conter o avanço da perda da razão natural humana.