Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como solucionar a questão dos maus-tratos contra os animais

Redação enviada em 07/03/2018

A exploração animal, somada aos maus-tratos, são práticas que estão levantando discussões na contemporaneidade. No que tange essa problemática, ainda que a sociedade tenha conquistado direitos assegurados por lei, essas práticas continuam escancaradas, tanto no campo laboratorial quanto no cotidiano, o que traz a seguinte questão: a que ponto o ser humano tem o direito de colocar a vida de um animal em risco para obter melhorias à sua espécie? É pertinente considerar, antes de tudo, que o naturalista Charles Darwin, através da tese darwinista, revelou que há uma origem comum entre animais e humanos, o que revolucionou a ciência no século XIX e, concomitantemente, contribuiu para que o homem moderno reavaliasse o seu método de explorar seres que compartilham das mesmas sensações humanas, como a dor e o sofrimento. Nessa perspectiva, percebe-se que a preocupação moral sobre a exploração animal existe há muito tempo, entretanto o capitalismo, muitas das vezes, se sobrepõe a isso, em razão de que roupas, feitas a partir de elementos animais, geram lucro; como também no campo laboratorial, que usa camundongos como cobaias de medicamentos e tratamentos médicos, que, em boa parte, não surge efeito no homem, devido à diferença anatômica e hormonal do roedor. Por fim, é difícil acreditar que com toda revolução científica não haja um meio pelo qual o homem possa testar os seus estudos sem que prejudique outra espécie. Impera salientar, ademais, que o ex-presidente, Luís Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que prevê uma maior penalização àqueles que cometem crimes ambientais, o que inclui os maus-tratos aos animais, que vai desde o abandono ao assassinato. Assim sendo, essa prática, na teoria, deveria ter sido reduzida, contudo o ser humano parece não ter aprendido, o que é lamentável. Um caso em que houve uma repercussão significativa nos meios de comunicação foi o da onça Juma, na passagem da tocha Olímpica em Manaus. A onça-pintada foi acorrentada e exposta ao estresse da vida urbana para simbolizar a passagem da tocha na cidade, fazendo com que ela, infelizmente, avançasse no soldado, tendo como castigo, a morte. Tal conjuntura é, ainda, intensificada pela banalização desses crimes, visto que muitos atos não têm visibilidade e acaba no anonimato, encorajando quem prática esses delitos. Depreende-se, portanto, que o homem mal trata os animais de várias maneiras: abandonando e utilizando-os como cobaias científicas, o que evidencia a ignorância humana no quesito falta de preocupação quanto aos sentimentos desses seres vivos, o que precisa, urgentemente, acabar. Como Newton já dizia, em sua primeira lei, existe uma força a qual deve ser aplicada para que certo objeto saia da inércia; hoje, o objeto simboliza os maus-tratos aos animais, e a força, a sociedade e o Estado trabalhando em conjunto para que essa prática seja extinta da sociedade. Logo, é de responsabilidade do Poder Legislativo fiscalizar as leis já existentes, e deixá-las mais severas, se necessário, com o intuito de que os agressores não fiquem no anonimato e sejam, de fato, punidos pelos seus crimes. Além disso, cabe ao Ministério da Educação inserir na grade curricular de seus alunos a “bioética” para que, no futuro, o mundo tenha mais cientistas que optem, por exemplo, pela criação de células “in-vitro”, ao invés de usar animais em seus experimentos. No mais, com a adoção dessas medidas, o mundo há de progredir de forma mais humana.